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Rússia-Ucrânia

Ucrânia alerta para risco de pulverização radioactiva na central de Zaporijia

Seis meses após o início da guerra na Ucrânia, a questão energética continua a ser central e estratégica para todas as partes. Em Zaporijia, cidade que abriga a maior central nuclear da Europa, um bombardeamento danificou a infra-estructura da fábrica, e acendeu o alerta para o risco de fuga de hidrogénio e de pulverização de substâncias radioactivas.

O operador de energia ucraniano Ergoatom comunicou que a infra-estrutura da fábrica da central de Zaporíjia – uma das maiores do mundo – foi danificada, e que há um risco de fuga de hidrogénio e de pulverização radioactiva.
O operador de energia ucraniano Ergoatom comunicou que a infra-estrutura da fábrica da central de Zaporíjia – uma das maiores do mundo – foi danificada, e que há um risco de fuga de hidrogénio e de pulverização radioactiva. AFP via Getty Images - ANDREY BORODULIN
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Em Zaporíjia, uma das maiores centrais nucleares do mundo – que tinha sido desconectada da rede eléctrica ucraniana pela primeira vez em quatro décadas na quinta-feira – foi reconectada e já está a funcionar normalmente, de acordo com um comunicado avançado pelo operador ucraniano Energotaom na manhã deste sábado (27). Não obstante, a empresa insiste no perigo que representa a presença do exército russo no local da fábrica, e em particular devido ao seu "equipamento [militar] e explosivos".

Segundo a Energoatom, “a infra-estrutura da fábrica foi danificada, e há um risco de fuga de hidrogénio e de pulverização radioactiva", acrescentando que desde então, a fábrica "tem estado a funcionar com o risco de violar as normas de radiação e de segurança contra incêndios".

Kiev e Moscovo trocam acusações sobre bombardeamentos

Kiev e Moscovo acusam-se mutuamente de efectuar bombardeamentos nas proximidades do complexo, que por sua vez está próximo da cidade de Energodar no rio Dnieper.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que o corte de energia foi causado pelo bombardeamento russo da última linha eléctrica activa que ligava a central à rede.

Por sua vez, a Rússia também acusou a Ucrânia de bombardear a central de Zaporíjia. Numa declaração, o Ministério da Defesa russo afirmou que a artilharia ucraniana tinha disparado 17 projécteis no complexo da central eléctrica.

Na sexta-feira (26), a Rússia rejeitou a adopção de um documento nas Nações Unidas sobre o desarmamento nuclear.

O representante russo Igor Vishnevestky argumentou que a delegação russa “tem uma objecção fundamental a certos parágrafos que são descaradamente políticos", e acrescentou que o seu país não foi o único a apresentar objecções ao texto em geral.

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