Rússia pede reunião do Conselho de Segurança sobre central nuclar de Zaporijia

As acusações entre a Rússia e a Ucrânia continuam no que diz respeito aos ataques à central nuclear de Zaporijia, com a Rússia a pedir um reunião de emergência do Conselho de Segurança em Nova Iorque. Desde o início da guerra, já terão morrido 9 mil soldados ucranianos a combater contra as forças russas.

A cidade de Kharkiv continua a ser destruída por violentos ataques russos. REUTERS - STRINGER

Apesar dos apelos internacionais, a central nuclear de Zaporijia, na Ucrânia, uma das maiores do Mundo, continua a ser atingida por violentos ataques, com a Ucrânia a acusar Moscovo de manobras perigosas junto dos reactores e Moscovo, por seu lado, a acusar Kiev de ataques com drones.

Numa altura em que uma missão da Agência Internacional de Energia Atómica a esta central já recebeu luz verde por parte de Vladimir Putin, há quem sugira que a melhor opção é desmilitarização de toda a região de forma a evitar uma catástrofe nuclear, mas também para continuar a permitir a geração de electricidade que alimenta uma grande parte do território ucraniano.

Segundo a agência noticia russa RIA, a Rússia pediu uma reunião de emergência sobre a situação em Zaporijia. Esta reunião deve acontecer hoje na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Os Estados Unidos alertaram que amanhã, dia 24 de Agosto, jornada em que se assinala a independência da Ucrânia e passam seis meses sobre a invasão russa, os ataques a partir de Moscovo podem intensificar-se, visando especialmente infraestruturas civis e edifícios governamentais. A embaixada norte-americana voltou a apelar a todos os seus cidadãos que abandonem a Ucrânia.

Perto de assinalar o seis meses de conflito, as autoridades ucranianas revelaram que já terão morrido no conflito 9.000 soldados. Esta é a primeira actualização do número de vítimas militares desde abril e as autoridades ucranianas lembram que muitos dos homens e mulheres que morreram neste conflito tinham filhos, alertando para a situação dos orfãos de guerra.