Detido 3° suspeito da morte de jornalista britânico e de activista na Amazónia

As autoridades brasileiras anunciaram ontem ter detido um terceiro suspeito no âmbito do inquérito sobre as circunstâncias morte do jornalista britânico Dom Phillips e do activista brasileiro Bruno Pereira no Vale do Javari na Amazónia. 

Membros do povo Guarani e activistas ambientais em São Paulo, no dia 18 de Junho de 2022, durante um protesto exigindo justiça pela morte do jornalista britânico Dom Phillips e do activista brasileiro Bruno Pereira. AFP - NELSON ALMEIDA

Desde o início da investigação, ele era um dos principais suspeitos. O homem que se entregou na esquadra policial de Atalaia do Norte, tinha um encontro marcado com Dom Phillips e Bruno Pereira no domingo de manhã antes de eles desaparecerem.

Mas segundo relatos de testemunhas, os dois homens foram para a casa do pescador, mas ele não apareceu. Tudo indica que o jornalista e o indigenista foram vítimas de uma emboscada.

O exame dos corpos revelou que Dom Phillips foi baleado no tórax, e Bruno Pereira, atingido por três tiros, no tórax e na cabeça.

A polícia federal já descartou o envolvimento de facções no crime, declarando que os suspeitos agiram por conta própria. Mas a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari questiona essa conclusão que considera precipitada. Esta entidade publicou um comunicado em que afirma que os suspeitos pertencem a uma organização criminosa envolvida nas invasões constantes da reserva indígena.

Nos dias anteriores ao crime, Dom Phillips e Bruno Pereira deram conta das actividades de pesca ilegal no território.