"Partygate": Demissão surpresa de um conselheiro de Boris Johnson
O conselheiro de Boris Johnson para a ética e o respeito do protocolo ministerial, Christopher Geidt, apresentou a demissão ao primeiro-ministro britânico. Boris Johnson, cuja imagem tem sido seriamente afectada pelas revelações do “partygate”, lamentou a saída e falou em surpresa.
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Este é um novo revés para o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, cuja imagem tem vindo a ser manchada pelas diferentes revelações do “partygate”, ou seja, as festas dadas em Downing Street durante os confinamentos.
Christopher Geidt, conselheiro de Boris Johnson para a ética e o respeito do protocolo ministerial, explicou, na carta de demissão, que pensava poder continuar no cargo depois do “partygate”, mas que ficou numa “posição impossível” e decidiu demitir-se.
“Fui encarregue de dar o meu parecer sobre a intenção do governo de considerar medidas que se arriscam a constituir uma violação deliberada do protocolo ministerial. Este pedido colocou-me numa posição impossível e odiosa”, escreve o conselheiro, sem dar mais precisões.
Christopher Geidt, que foi diplomata e secretário privado da rainha Isabel II, declarou que a ideia que o primeiro-ministro “possa, seja em que medida for, violar deliberadamente o seu próprio protocolo, é uma afronta”. Boris Johnson respondeu-lhe que "procurou o seu parecer antes que qualquer decisão fosse tomada".
Christopher Geidt é o segundo conselheiro ministerial para a ética a demitir-se em três anos. O último foi Alex Allan que renunciou em 2020 depois da rejeição de Boris Johnson em aceitar as suas conclusões sobre as acusações de assédio que visavam o ministro do Interior Priti Patel.
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