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Rússia/Ucrânia/NATO

Rússia justifica invasão da Ucrânia com "ameaça inaceitável"

O presidente russo, Vladimir Putin, presidiu em Moscovo às comemorações do dia da vitória sobre a Alemanha nazi em 1945. O chefe de Estado alega que a invasão da Ucrânia se ficou a dever à "ameaça inaceitável" em relação às fronteiras russas.

Desfile em Moscovo das tropas russas a 9 de Maio de 2022.
Desfile em Moscovo das tropas russas a 9 de Maio de 2022. AP - Alexander Zemlianichenko
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Até ao momento a Rússia continua a referir-se ao conflito na Ucrânia, invadida pelas tropas russas desde 24 de Fevereiro, como se tratando de uma "operação especial".

Muito se tinha especulado sobre se esta data viria a marcar uma mudança de terminologia por parte do Kremlin, ou se significaria uma suposta reivindicação de vitória em relação aos ganhos obtidos (Kherson, no sul, foi ocupada, Mariupol também está praticamente sob controlo russo). No entanto a resistência ucraniana não tem permitido vitórias significativas por parte da Rússia.

O inquilino do Kremlin voltou a utilizar a designação de "neo nazis" para qualificar a resistência ucraniana.

Eis um excerto da alocução de Vladimir Putin, presidente russo.

"Em Dezembro passado propusemos um acordo sobre garantias de segurança. A Rússia apelou a um diálogo honesto com o Ocidente, na busca de soluções e entendimentos razoáveis que levassem em conta os interesses de todos. Tudo em vão. Os países da NATO não nos quiseram ouvir: na realidade eles tinham planos bem diferentes como se veio a ver.

Estavam em curso de forma aberta preparativos para uma operação punitiva no Donbass, para uma invasão das nossas terras históricas, incluindo da Crimeia. Kiev anunciou a aquisição possível de armas nucleares. O bloco da NATO começou o desenvolvimento militar activo dos territórios que nos são adjacentes.

Foi criada uma ameaça absolutamente inaceitável para nós, de forma sistemática, às nossas fronteiras. Tudo indicava que um confronto com os neo nazis seria inevitável.

A Rússia repeliu preventivamente a agressão. Era uma decisão forçada, oportuna e justa. A decisão de um país soberano, forte e independente."

01:15

Vladimir Putin, presidente russo, 9/5/2022

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