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Ucrânia

Macron reage às declarações de Biden que tratou Putin de "carniceiro"

Hoje no 32° dia da ofensiva russa na Ucrânia, no terreno, as tropas ucranianas reivindicam ter repelido ataques da parte adversa no Donbass. No campo politico, depois de o presidente americano Joe Biden tratar ontem em Varsóvia o seu homólogo russo de "carniceiro" e dizer que "Vladimir Putin não pode permanecer no poder" na Rússia, as reacções não se fizeram esperar, nomeadamente por parte da França.

O Presidente francês Emmanuel Macron.
O Presidente francês Emmanuel Macron. AP - Thibault Camus
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Reagindo este domingo às declarações de Joe Biden, o presidente francês declarou que "não utilizaria" os termos usados pelo seu homólogo americano e estimou que não se podia enveredar pela "escalada nem nas palavras nem nas acções". Macron indicou ainda que iria contactar o Presidente russo amanhã ou na terça-feira para organizar a operação de evacuação de civis da cidade sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia, que anunciou ontem pretender efectuar em cooperação com a Grécia e a Turquia.

Numa tentativa de dissipar eventuais mal-entendidos, o chefe da diplomacia americana evocou igualmente as declarações de Joe Biden referindo que "não está nos planos de Washington mudar o regime na Rússia" e que esta decisão "cabe aos russos". Noutra vertente, Antony Blinken recordou que as sanções aplicadas pelo seu país contra a Rússia "não têm vocação para serem permanentes" e que elas podiam desaparecer se Moscovo mudasse de atitude. Tal foi igualmente o teor das declarações da chefe da diplomacia britânica Liz Truss ao referir que as sanções poderiam ser levantadas se a Rússia respeitasse um cessar-fogo e retirasse as suas tropas da Ucrânia.

Entretanto, o Presidente ucraniano tornou hoje a pedir apoio logístico aos Estados Unidos e à Europa para poder retomar o controlo de Mariupol. Zelensky considera que "a Ucrânia não pode derrubar mísseis russos com espingardas e metralhadoras, que estão em excesso. E é impossível desbloquear Mariupol sem um número suficiente de tanques, outros veículos blindados e, claro, aeronaves". Neste aspecto, Dmytro Kuleba, chefe da diplomacia da Ucrânia, disse hoje ter recebido garantias de que os Estados Unidos não emitiam nenhuma objecção face à possibilidade de se transferirem para o seu país aviões de combate da Polónia e que "a decisão pertencia agora àquele país".

No terreno, o Estado-Maior ucraniano garante no seu último relatório hoje ter repelido 7 ataques e ter destruído 8 carros de assalto russos no Donbass.Moscovo, por seu lado, afirma ter destruído um depósito de munições em Jytomyr, no oeste de Kiev, nesta sexta-feira, a Rússia indicando igualmente ter utilizado mísseis de cruzeiro durante os bombardeamentos que atingiram ontem um depósito de combustível em Lviv, no oeste da Ucrânia, provocando 5 feridos, segundo as autoridades locais.

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