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Ucrânia

Lviv, no oeste da Ucrânia, foi alvo de bombardeamentos russos

No 31° dia da ofensiva militar russa na Ucrânia, a violência continua apesar de diversos apelos ao calar das armas, nomeadamente em Londres ou ainda em Praga onde milhares de pessoas manifestaram pela paz. Esta tarde, a cidade de Lviv, no oeste do país que até agora era relativamente poupada, foi alvo de bombardeamentos russos, as autoridades locais dando conta de pelo menos 5 feridos.

A cidade de Lviv, no oeste do país que até agora era relativamente poupada, foi alvo de bombardeamentos russos, as autoridades locais dando conta de pelo menos 5 feridos, na tarde deste sábado 26 de Março de 2022.
A cidade de Lviv, no oeste do país que até agora era relativamente poupada, foi alvo de bombardeamentos russos, as autoridades locais dando conta de pelo menos 5 feridos, na tarde deste sábado 26 de Março de 2022. © Reuters
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Também hoje, Vladislav Atrochenko, edil de Tcherniguiv, cidade situada a cerca de 120 quilómetros no nordeste de Kiev, indicou que esta localidade está cercada pelas forças russas e que é impossível evacuar os civis e os 44 feridos, entre os quais 3 menores, que lá se encontram bloqueados. "A cidade foi reduzida a cinzas", indicou o autarca referindo que mais de 200 civis foram mortos e que cerca de 120 mil pessoas estão bloqueadas dentro da localidade onde dantes moravam 280 mil pessoas.

Igualmente em estado de sítio permanece a cidade portuária de Mariupol no sudeste do país, onde segundo o governo ucraniano continuam bloqueadas 100 mil pessoas sem acesso a comida, medicamentos, água e electricidade há vários dias.

Em Kiev, a capital, que continua igualmente sob fogo russo, o edil local renunciou à aplicação de recolher obrigatório de 35 horas para passar novamente aplicá-lo entre as 20 e as 7 horas. A 160 quilómetros dali, a cidade de Slavouvitch, onde moram trabalhadores da antiga central nuclear de Chernobyl, está a ser ocupada pelos russos.

No Donbass, no leste do país, o Estado-Maior ucraniano dá conta de severas perdas do lado adverso, com 170 militares russos mortos, três aviões abatidos e oito carros de assalto destruídos.

Ainda no terreno militar, a Ossétia do Sul, república autoproclamada que fez secessão da Geórgia e cuja independência é nomeadamente reconhecida por Moscovo, anunciou hoje ter enviado soldados para a Ucrânia, no intuito de "ajudar a proteger a Rússia". Ao dizer que esta decisão visa igualmente proteger a Ossétia, o dirigente daquele território, Anatoli Bibilov considerou que "se o fascismo não esmagado nas fronteiras longínquas, ele voltará a manifestar-se aqui e agora".

No campo político, o Presidente americano que se encontra desde ontem na Polónia avistou-se com responsáveis governamentais e com o seu homólogo polaco. Na sequência destes contactos, Joe Biden afirmou-se "pouco convencido" de que a Rússia tenha efectivamente mudado de estratégia relativamente à Ucrânia, isto depois de Moscovo afirmar ontem que iria doravante concentrar os seus esforços na "libertação" do Donbass.

O Presidente dos Estados Unidos que por outro lado qualificou Vladimir Putin de "carniceiro", garantiu ainda que o artigo 5° do tratado da NATO estipulando que um ataque contra um país-membro é considerado um ataque contra todos, constitui um "dever sagrado para os Estados Unidos". Palavras pronunciadas numa altura em que a Polónia que é um país-membro da Aliança Atlântica, tem expressado o receio de vir a ser igualmente alvo de uma ofensiva por parte da vizinha Rússia.

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