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NATO/guerra Ucrânia

NATO reforça dispositivo militar no leste da Europa

Os líderes da Aliança Atlântica reuniram-se durante o dia de hoje em Bruxelas para discutirem a guerra na Ucrânia. O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que os aliados estão a “fazer o que podem” para apoiar a Ucrânia com armas. Para além disso, garantiu que os membros da NATO ouviram “muito atentamente” a alocução do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que interveio através de videoconferência.

Secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, em Bruxelas; 23 de Março de 2022.
Secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, em Bruxelas; 23 de Março de 2022. REUTERS - GONZALO FUENTES
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Os Aliados manifestam-se unidos e solidários com a Ucrânia. Vão continuar a apoiar os ucranianos contra a invasão russa do país. Isso inclui, por exemplo, equipamento para ajudar a Ucrânia a proteger-se de ameaças biológicas, químicas, radiológicas e nucleares, explicou o secretário-geral da NATO, no fim da cimeira que contou também com a participação do presidente ucraniano por videoconferência.

De resto, a NATO não vai enviar tropas porque implicaria uma escalada do conflito, afirmou o secretário-geral.

Jens Stoltenberg lembrou que a NATO "tem a responsabilidade de evitar que este conflito se torne uma guerra total na Europa, envolvendo não só a Ucrânia e a Rússia, mas também aliados da NATO e da Rússia" e que um conflito a essa escala seria "mais perigoso e devastador".

Os líderes decidiram igualmente reforçar o flanco leste da Aliança com o envio de quatro novos grupos de combate para a Roménia, Bulgária, Eslováquia e Hungria.

Ouça aqui a correspondência de Vasco Gandra, em trabalho especial para a RFI:

00:59

Correspondência de Bruxelas

NATO exorta a China a não apoiar a Rússia

Os membros da NATO exortaram, esta tarde, a China a não dar apoio “ao esforço de guerra da Rússia” e pediram que Pequim se abstenha de “qualquer acção que ajude a Rússia a contornar as sanções”.

Para além disso, os líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte pediram ainda que a China deixe de “amplificar as falsas narrativas do Kremlin”, especialmente no que diz respeito à guerra na Ucrânia e também às informações relativas à NATO.

Por seu turno, a Aliança Atlântica também pediu a Moscovo que assegure a saída em segurança dos civis e que permita a entrega de ajuda humanitária às cidades que estão a ser afectadas pelo conflito. Ademais, pediu que o Kremlin se empenhe em negociações credíveis com a Ucrânia, que deverão começar por um “cessar-fogo sustentável”.

A NATO também deixou um aviso: “Qualquer utilização pela Rússia de uma arma química ou biológica seria inaceitável e resultaria em consequências graves”.

De salientar que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem estado a marcar presença nos vários encontros que estão a ter lugar ao longo do dia. Numa mensagem dirigida à NATO, o chefe de Estado da Ucrânia pediu que seja dada ao seu país uma "assistência militar sem restrições".

De referir que a maratona diplomática em Bruxelas prossegue esta tarde. Após o encontro do G7, Joe Biden reúne-se com os líderes europeus. Em mais uma manifestação de unidade entre a União Europeia e os Estados Unidos que deverá também permitir discutir a articulação de eventuais novas sanções à Rússia e formas de reduzir a dependência energética da Europa.

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