Acesso ao principal conteúdo
Ucrânia

Guerra na Ucrânia: "O perigo de um conflito à escala global"

O secretário-geral da NATO afirmou esta terça-feira, 1 de Março, que apesar das ameaças da Rússia, a Aliança não vê necessidade para alterar o seu nível de alerta de armas nucleares. Vladimir Putin acusa o Ocidente de virar a Ucrânia contra a Rússia e ameaçou avançar com "medidas militares" se a NATO continuar com uma "linha agressiva". 

Prédio destruído perto da cidade de Kiev, 1 de Março de 2022.
Prédio destruído perto da cidade de Kiev, 1 de Março de 2022. © AP/Efrem Lukatsky
Publicidade

"Passaram vinte anos desde o 11 de Setembro. O tempo entre a pandemia e a esta invasão da Rússia são praticamente concomitantes, acontecem uma a seguir à outra", descreve o investigador de física nuclear na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, António de Sá Fonseca.

"O problema é que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia enquanto ficar entre Rússia e a Ucrânia é um conflito localizado e regional. A partir do momento em que a NATO se mete, mandando aviões, tanques ou pessoal militar, o conflito vira global", alerta.

"A Rússia passa a atacar países da Europa que pertencem à NATO, vai atacar os Estados Unidos, os EUA estão na NATO com tropas na Europa, portanto vão ser alvo de ataques da Rússia", descreve o académico.

Falta saber o que a China vai fazer, lembra António de Sá Fonseca, questionando "se vai ajudar Putin ou não". "Depois há todos os países que tomam decisões face ao posicionamento que a China e a Rússia tenham e é um conflito à escala global. Se toda gente se envolve nisto com armas nucleares ameaça a vida na terra e já não é preciso esperar pelos efeitos do clima", concluiu.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.