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Covid-19

A variante Ómicron começou já a espalhar-se apesar das restrições

Israel, o Japão ou ainda a Austrália são alguns dos países que decidiram fechar as suas fronteiras perante o risco de contágio com a nova variante da covid-19, Ómicron, identificada na semana passada na África do Sul que, desde então, tem sido progressivamente cortada do resto do mundo. Ainda ontem, o Presidente sul-africano denunciou estas medidas que qualificou de injustas e considerou que de qualquer modo não vão impedir a propagação da nova variante.

O Reino Unido convocou uma reunião urgente dos ministros da Saúde do G7 sobre a nova variante da covid-19, esta Segunda-feira 29 de Novembro em Londres.
O Reino Unido convocou uma reunião urgente dos ministros da Saúde do G7 sobre a nova variante da covid-19, esta Segunda-feira 29 de Novembro em Londres. REUTERS - DADO RUVIC
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Perante a nova variante, o Reino Unido convocou uma reunião urgente hoje dos ministros da saúde do G7, este país tendo desde já decidido restrições de entrada no seu território já a partir de amanhã.

Já o governo israelita anunciou ontem o encerramento puro e simples das suas fronteiras durante pelo menos as duas próximas semanas, esta medida estando em vigor desde a meia-noite. A Austrália foi pelo mesmo caminho, o seu Primeiro-ministro tendo anunciado que vai continuar o fecho da ilha vigente nos últimos vinte meses, sendo que a reabertura prevista a partir de quarta-feira para estudantes e trabalhadores qualificados, vai afinal ser adiada por pelo menos duas semanas. No mesmo sentido, o Japão disse que veda a entrada do seu território aos turistas e que, por outro lado, os seus cidadãos que regressem do exterior terão que se submeter a um período de isolamento.

Vários outros países como os Estados Unidos, o Brasil, os estados-membros da União Europeia, a Indonésia, a Coreia do Sul ou ainda a Arábia Saudita e Marrocos suspenderam ou limitaram as suas ligações aéreas com a África do Sul e restantes países da África Austral, apesar de epidemiologistas reconhecerem que já é tarde demais para estancar a propagação da nova variante.

Neste fim-de-semana, começaram a ser identificados os primeiros casos da variante Ómicron em vários pontos do globo. O Canadá deu conta de 2 casos, um primeiro caso foi detectado na Áustria, na Holanda foram registados 13 casos, na França 8 casos, Portugal deu conta hoje de 13 casos no clube de futebol Belenenses, e a Escócia contabilizou 6 casos.

De acordo com Salim Abdool Karim, um epidemiologista da África do Sul, este país poderia ultrapassar as 10 mil contaminações diárias até ao final desta semana. Uma situação perante a qual o Presidente Ramaphosa disse encarar a obrigatoriedade da vacina para certas profissões e em certas regiões do país, o chefe de Estado tendo por outro lado denunciado as restrições decididas pelo mundo fora que, a seu ver, "só vão penalizar ainda mais as economias dos países mais afectados e prejudicar a sua capacidade de resposta face à pandemia".

De igual modo, a Organização Mundial da Saúde também criticou as restrições adoptadas para com a África Austral mas, por outro lado, considerou que a variante Ómicron representa "um risco muito elevado" ao nível mundial, muito embora reconheça que persistem numerosas interrogações sobre o seu grau de contagiosidade ou a gravidade das suas manifestações.

Primeiras constatações da OMS que surgem numa altura em que começam hoje 3 dias de reunião excepcional da Assembleia Mundial da Saúde em Genebra, um encontro antes do qual os países-membros da organização chegaram a um consenso sobre a necessidade de se criar um instrumento internacional eficiente para prevenir e combater as próximas pandemias, um projecto de acordo neste sentido podendo vir a ser validado nesta reunião.

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