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Bielorrússia/ Relações internacionais

Polónia acusa companhia aérea turca de facilitar trânsito de migrantes

Polacos acusam a Turkish Airlines de facilitar o trânsito de migrantes para a Bielorrússia. A empresa turca já endureceu regras, mas Ancara critica falhas na cooperação e na partilha de responsabilidades.

Migrantes provenientes do Médio-Oriente,aqui dianyte das suas tendas, no checkpoint de Kuznitsa, na fronteira com a Polónia , em Grodno na  Bielorrússia, no dia 17 de Novembro  de 2021.
Migrantes provenientes do Médio-Oriente,aqui dianyte das suas tendas, no checkpoint de Kuznitsa, na fronteira com a Polónia , em Grodno na Bielorrússia, no dia 17 de Novembro de 2021. © AP / Leonid Shcheglov
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O governo turco e a Turkish Airlines rejeitaram todas as acusações: “A nossa empresa cumpre com todas as normas de segurança e regras internacionais em todos os nossos voos”, confirmou a empresa aérea turca, uma das maiores do mundo, num comunicado. “As alegacões feitas na imprensa são falsas”, segundo a referida companhia.

A União Europeia tinha ameaçado banir as companhias aéreas que transportavam migrantes para Minsk. A Iraqui airways confirmou já, que suspendeu os voos para a capital bielorrussa, enquanto a companhia aérea bielorussa Belavia deixou de aceitar passageiros de três países do Médio Oriente nas suas ligações entre Istambul e Misnk.

Vários milhares de migrantes estão há semanas em terra de ninguém, entre a fronteira bielorussa e a Polónia, enfrentando temperaturas negativas, a tentar entrar no espaço europeu.

A Polónia acusa o regime bielorusso de estar a orquestrar esta crise, como retaliação às sanções impostas pela UE contra o Presidente Alexander Lukashenko e outros membros do seu governo.

Em Maio de 2021, o chefe de Estado bielorrusso, tinha ameaçado abrir a sua fronteira aos migrantes.

Pelo menos 10 refugiados, já morreram no local. A maioria dos migrantes são de nacionalidade iraquiana, mas há também muitos sírios, afegãos, e alguns africanos.

Na Turquia, a opinião geral é que, é injusto culpar os países que fazem fronteira com a União Europeia, quando há enormes deficiências na política de migrações do bloco europeu: “É uma abordagem muito Euro-cêntrica, que revela ausência de cooperação e partilha de responsabilidades”, criticou Metin Corabatir, presidente de um think tank turco especializado em temas de migrações.

Corabatir perguntou:  “Quantos refugiados é que a polónia recebeu nos últimos anos? A Turquia acolhe mais de 4 milhões de refugiados, sendo o país do mundo com mais refugiados em termos absolutos".

Na corrente semana, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergeï Lavrov, sugeriu que a União Europeia  poderia oferecer assistência financeira a Minsk, à semelhança do que já faz com Ancara.

Lavrov referiu-se ao acordo assinado em 2016 entre Bruxelas e a Turquia, que resultou numa transferência de 6 mil milhões de euros para o governo de Ancara gerir os refugiados no seu território.

A comissária europeia Ylva Johansson rejeitou a sugestão, clarificando que Bruxelas “não está a pagar ao governo turco, mas a apoiar refugiados sírios na Turquia”.

Ouça aqui a correspondência de José Pedro Tavares.

01:30

Correspondência José Pedro Tavares 17 11 2021

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