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Bielorrússia / União Europeia

Crise migratória: 27 dizem que vão adoptar mais sanções contra Minsk

Antes mesmo da reunião hoje dos seus ministros dos negócios estrangeiros sobre a crise migratória com a Bielorrússia, a União Europeia já anunciou que iria adoptar novas sanções contra Minsk que acusa de ter orquestrado o afluxo massivo de migrantes rumo à fronteira com a Polónia em retaliação de um anterior pacote de medidas contra o regime de Lukashenko pela repressão da oposição no seu país.  

O Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
O Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. AP - Maxim Guchek
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Actualmente, as sanções já em vigor consistem numa proibição de entrada na União Europeia e num congelamento dos bens de 166 personalidades, entre as quais o Presidente Alexander Lukashenko.

Desde Junho, a União Europeia também aplica sanções económicas contra sectores-chave da Bielorrússia, como a exportação de potássio, de petróleo e de tabaco, Bruxelas tendo igualmente proibido às companhias aéreas bielorrussas o acesso ao seu espaço aéreo.

Segundo anunciou antes mesmo da sua reunião hoje, as novas sanções encaradas por Bruxelas incluem agora pessoas ou organizações que contribuem para o afluxo massivo de migrantes rumo à fronteira externa da União Europeia.

Após conversações ontem com o ministro bielorrusso dos Negócios Estrangeiros cujo país desmente ter orquestrado qualquer crise, o chefe da diplomacia europeia Josep Borrell confirmou este novo pacote de restricções, mas não deixou todavia de admitir que "as coisas estão a ficar novamente controladas".

O Presidente bielorruso que ainda hoje reiterou não querer nenhum conflito junto às fronteiras do seu país, também disse que pretende levar de volta aos seus países de origem os milhares de migrantes concentrados junto da Polónia. Minsk indicou que estava igualmente disposto a evacuar alguns migrantes para a Alemanha, alegando que as autoridades municipais de Munique teriam feito uma proposta de acolhimento.

Perante esta situação que ainda não está resolvida, o Kremlin, aliado de Minsk, considerou "errado" rejeitar toda a responsabilidade da crise migratória sobre o Presidente Lukashenko, o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov tendo lamentado que "a União Europeia faça abstracção dos ideais de humanismo".

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