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Rússia

Pelo menos 6 mortos em tiroteio numa universidade da Rússia

Um estudante armado de uma caçadeira abriu fogo na manhã desta segunda-feira num dos edifícios da universidade de Perm, cidade do Ural, no centro da Rússia, provocando a morte de pelo menos 6 pessoas e mais de 20 feridos, segundo as autoridades. De acordo com estas mesmas fontes, o atirador, um jovem de 18 anos, foi ferido durante a sua detenção e levado para o hospital.

Um jovem estudante matou pelo menos seis pessoas durante um tiroteio numa universidade do centro da Rússia neste dia 20 de Setembro de 2021.
Um jovem estudante matou pelo menos seis pessoas durante um tiroteio numa universidade do centro da Rússia neste dia 20 de Setembro de 2021. © REUTERS/Anna Vikhareva
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A polícia de investigação russa diz ter identificado o autor do sucedido como sendo um estudante da universidade de Perm. Pouco antes de começar o ataque, o jovem publicou nas redes sociais uma fotografia em que pousava com a sua arma alegadamente adquirida no passado mês de Maio, juntamente com um comentário em que referia não ter motivações políticas ou religiosas, mas apenas "ódio".

Ao considerar que “é uma grande tragédia não só para as famílias que perderam um filho, mas para todo o país”, o presidente russo Vladimir Putin pediu que a polícia esclareça as motivações do atirador. Para além deste aspecto, José Milhazes, jornalista que foi durante largos anos correspondente em Moscovo, considera que "agora as autoridades vão ter de avaliar o estado psicológico do jovem para ver se ele não tinha problemas psiquiátricos. Em princípio, não deveria ter porque a arma que ele tinha, era uma arma legal que tinha comprado exactamente para cometer o crime, daí que vamos ver como é que as autoridades vão explicar tudo isto."

Este não foi o primeiro ataque do género na Rússia. No passado mês de Maio, nove pessoas foram mortas a tiro por um adolescente numa escola da localidade de Kazan na república russa do Tartaristão, e em 2018, um estudante matou 20 pessoas numa universidade de uma região vizinha da Crimeia. Aquando do último ataque há quatro meses, as autoridades russas decidiram introduzir novas restrições, a idade mínima para a aquisição de armas tendo sido elevada de 18 para 21 anos, com exame médico reforçado.

José Milhazes refere contudo que "na Rússia, existe um problema que é o problema do mercado negro de armas onde aí é mais fácil adquirir uma arma", o jornalista que segue de perto a actualidade russa referindo que naquele país "esses fenómenos estão muito ligados à acção das redes sociais, os jovens que vivem nas redes sociais e que muitas vezes são influenciados por elas para cometerem este tipo de crime".

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