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Direitos Humanos

França abre inquérito a empresas que terão usado trabalho forçado dos Ouïghours na China

Quatro gigantes do têxtil que operam em França estão a ser investigados por terem alegadamente usufruído do trabalho forçado do povo Ouïghour, na China.

Manifestação em Nova Iorque pelos direitos do povo Ouïghours em 2019.
Manifestação em Nova Iorque pelos direitos do povo Ouïghours em 2019. TIMOTHY A. CLARY / AFP
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Os quatro gigantes do têxtil são a francesa SMCP, que detém marcas como Sandro ou Maje, a espanhola Inditex, dona da Zara, a japonesa Uniqlo e ainda a empresa americana de ténis Sketchers. Estas empresas estão acusadas de "ocultação de crimes contra a humanidade".

A investigação está a ser levada a cabo por uma secção especializada do Ministério Público em Paris que lida com crimes contra a humanidade e a queixa foi feita pela associação anti-corrupção Sherpa, pelo colectivo Ethique sur l’étiquette, o Instituto Ouïghour na Europa e uma refugiada ouïghoure que esteve detida num campo de trabalho forçados.

A informação foi originalmente divulgada pelo jornal "Mediapart" e a investigação foi confirmada entretanto pelo Ministério Público e também por algumas da empresas visadas. A SMCP já disse que está aberta a colaborar.

Os Estados Unidos acusam a China de já ter detido e emprisionado mais de um milhão de pessoas do povo Ouïghour, um povo que tem como religião o Islão, em campos de trabalho forçado.

Também a União Europeia já impôs sanções contra representantes chineses devido a ao envolvimento na perseguição do povo Ouïghour.

A queixa aponta que os gigantes do têxtil beneficiaram do trabalho forçado na China e podem receber "multas recorde".

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