Pablo Iglesias deixa vida política depois de vitória de direita em Madrid
A direita espanhola e a sua candidata, Isabel Díaz Ayuso, alcançaram esta terça-feira, 4 de Maio, uma vitória esmagadora nas eleições regionais de Madrid, chegando quase à maioria absoluta. Pablo Iglesias anunciou que se retira da política depois de vitória da direita em Madrid.
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A líder do Partido Popular e candidata de direita à presidência da região de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, do Partido Popular (PP) venceu as eleições, mas precisa do apoio do Vox para governar. O PP deve obter entre 62 e 65 deputados. Para alcançar a maioria absoluta precisava de 69. O Partido Popular duplicou a sua votação em relação às eleições de 2019.
O partido de extrema-direita Vox obteve entre 12 e 14 lugares, fazendo com que a direita esteja em maioria no parlamento regional.
À esquerda, o PSOE consegui entre 25 e 28 deputados, seguindo-se o Más Madrid. A coligação Unidas Podemos deve alcançar 12 a 14 deputados.
O grande derrotado da noite é o Ciudadanos, que se arrisca a ficar fora da assembleia regional, caso não alcance o mínimo necessário de votos - 5% - para entrar na câmara.
Pablo Iglesias deixa vida política institucional
Depois do desaire da esquerda nas eleições para o executivo da comunidade de Madrid, o candidato às eleições regionais de Madrid do partido de extrema-esquerda Unidas Podemos, Pablo Iglesias, anunciou que se retira da política, depois do mau resultado que obteve e do sucesso da direita.
"Fracassámos", reconheceu. "Creio ser evidente que hoje não contribuo para a união", acrescentou Pablo Iglesias.
O líder do Unidos Podemos anunciou que se vai retirar de todos os cargos e afastar-se da vida politica activa.
"Abandono todas as minhas funções, deixo a política no sentido de política partidária, política institucional", de forma a "não constituir um obstáculo à renovação da direcção que deverá ocorrer na nossa força política". O Partido Popular mais do que duplicou esta terça-feira o número de deputados e ficou à beira da maioria absoluta.
Para Iglesias, os resultados são uma "tragédia", descrevendo o PP como "a direita trumpista", lamentando também os bons resultados do Vox, considerado de extrema-direita e que deverá obter 12 a 14 deputados.
Líder do partido de esquerda radical entrou no Governo espanhol em 2020, como segundo vice-presidente do executivo dirigido pelo socialista Pedro Sánchez.
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