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Catalunha

Na Catalunha, os socialistas vencem, mas os independentistas ganham a maioria absoluta

As eleições regionais da Catalunha realizadas este Domingo reconfiguraram o panorama político local com o Partido Socialista Catalão (PSC) a chegar na dianteira com um pouco mais de 23% dos votos, seguido de perto pelos independentistas da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) com um pouco mais de 21% dos votos. Ambas as formações recolhem respectivamente 33 dos 135 assentos parlamentares, sendo que os independentistas ficam em vantagem por serem representados por outras formações para além da ERC.

Salvador Illa, candidado do PSC que chegou à frente nas eleições regionais da Catalunha deste Domingo 14 de Fevereiro.
Salvador Illa, candidado do PSC que chegou à frente nas eleições regionais da Catalunha deste Domingo 14 de Fevereiro. © Lluís Gené AFP/Arquivo
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Em pleno contexto de pandemia, sem surpresas, a taxa de participação nestas eleições regionais foi fraca – 53,5% - em comparação com os 79% alcançados nas anteriores eleições de Dezembro de 2017.

Mais prejudicado por esta situação foi o partido de centro-direita anti-independentista 'Ciudadanos' que passou da posição de primeira força política da Catalunha, com 36 deputados, a sétima, com pouco mais de 5% dos votos, permitindo a eleição de apenas 6 deputados.

Também penalizado ficou o Partido Popular, segunda força política de Espanha que a nível local chegou somente aos 3,84% dos votos.

Já o partido de extrema-direita 'Vox', com o seu discurso anti-imigração e anti-independência parece ter saído beneficiado da derrocada da direita tradicional e da fraca participação, tornando-se a quarta força política local ao conquistar 11 assentos com 7,7% dos votos.

Chegado à frente com mais de 23% dos votos, o Partido Socialista Catalão (PSC), cujo candidato Salvador Illa, ex-ministro da saúde, reafirmou no seu discurso de vitória a intenção de formar executivo, poderia ver as suas ambições goradas.

É que em melhor posição está Pere Aragones, candidato da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) que chegou em segundo lugar com um pouco mais de 21% dos votos e 33 assentos parlamentares, e que tal como o seu adversário socialista, deu conta da sua intenção de formar governo.

Num contexto em que para além do seu partido, os independentistas de direita 'Junts', assim como outros pequenos movimentos acumulam mais de 50% dos votos, Pere Aragones apelou à formação de uma ampla maioria e considerou que o resultado destas eleições “é uma força imensa para obter um referendo de autodeterminação”.

Ao lançar ao chefe do governo espanhol, um apelo para “resolver o conflito”, o líder independentista pediu a Pedro Sanchez “que se sente, sem repressão”.

 

 

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