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Lusofonia

Covid-19: Falta de recursos e comunicação dificultaram resposta lusófona

O estudo realizado junto de profissionais de saúde, académicos e organizações não-governamentais indica que a falta de recursos e uma comunicação pouco clara dificultaram a resposta à pandemia de Covid-19 no espaço lusófono.

SARS-Cov-2.
SARS-Cov-2. © REUTERS - NIH
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A investigação foi realizada junto de mais de uma centena de entidades; profissionais de saúde, académicos e organizações não-governamentais, no âmbito de um estudo liderado por André Dias Pereira, investigador do Instituto Jurídico e professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), e financiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Intitulado “Responsibility for Public Health in the Lusophone world: doing justice in and beyond the COVID emergency”, a investigação centrou-se na recolha e análise de dados relativos à preparação e resposta à pandemia de Covid-19 em Angola, Brasil, Moçambique, Portugal e Região Administrativa Especial de Macau, com o objectivo de "propor soluções de políticas de saúde pública, permitindo a construção de sistemas de resposta eticamente adequados às dificuldades apresentadas em situações de pandemia", indica o seu autor André Dias Pereira.

O estudo apresenta "uma análise à mais recente legislação e bibliografia" sobre as respostas à pandemia, através de um inquérito que retrata diferentes experiências e revela dificuldades éticas identificadas nas respostas à pandemia, que podem condicionar as opções políticas dos próximos anos e cujas repercussões ainda estão por avaliar.

Os inquiridos defendem "que o investimento na prevenção, além de ser muito eficaz na mitigação da pandemia, é também um dos vectores em que deverá haver mais concentração de alocação de recursos".

O projecto vai ser publicado num livro branco, dirigido às comunidades lusófonas e agências dos governos dos países e região administrativa envolvidos, onde são apresentadas propostas e recomendações que possam ser implementadas para potenciar os sistemas de saúde, preparando-os para dar resposta a situações de emergência de saúde pública.

Todos os resultados vão ser apresentados numa conferência final do projecto no próximo dia 25 de Março em formato online. Numa conferência, que vai reunir participantes de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Macau. No encontro vão também ser analisados os impactos da pandemia de Covid-19 no mundo lusófono, como, por exemplo, o problema dos doentes não-Covid, em especial os doentes oncológicos; a experiência de Macau contra a Covid-19; a actuação do Congresso Nacional brasileiro frente à pandemia; e a influência da Covid-19 no funcionamento das instituições universitárias de Angola.

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