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Dia da Língua e da Cultura Portuguesa

Dia da Língua Portuguesa: "não há combate entre línguas, há conjugação"

Assinala-se esta terça-feira o primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa com uma cerimónia e um concerto online em que participam duas dezenas de personalidades lusófonas da política, letras, música e desporto.

As bandeiras nacionais da China e dos países de língua portuguesa instaladas no Secretariado Permanente do Forum Macau
As bandeiras nacionais da China e dos países de língua portuguesa instaladas no Secretariado Permanente do Forum Macau © Fórum Macau
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A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) oficializou a data no ano passado, em Paris. O dia 5 de Maio já era comemorado como Dia da Língua e da Cultura Portuguesa, instituído pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Eu vejo estas celebridades como pequenos contributos. A questão não depende só de termos um Dia da Língua Portuguesa, depende de acções concretas: por via institucional, como o são governos, ministérios, políticos, e a via civil, que é a nossa. Estou em crer que a via artística tem feito muito mais pela língua portuguesa do que a via institucional", compara o escritor angolano Ondjaki.

A língua portuguesa é a matéria-prima do escritor angolano Ondjaki, que afirma não existirem combates entre línguas."Celebrar o dia 5 de Maio é uma ponta, é uma ideia, mas é preciso fazer isto com mais carinho cultural, não me interessa 'politicagens' da língua, no sentido do trânsito. O que me interessa é o trânsito, de que maneira é que a língua pode ajudar a trazer outros trânsitos culturais", explica.

"Não podemos esquecer que a própria Língua Portuguesa deveria servir de suporte e contraste para falarmos das outras línguas, como é o caso em Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde, Timor, que não são países cuja única língua é a Língua Portuguesa. Por contraste poderíamos a partir de uma falar de outras, não há combate entre línguas, há conjugação", conclui Ondjaki.

02:19

Escritor angolano, Ondjaki

Ao longo desta terça-feira várias mensagens foram difundidas; do chefe de Estado de Cabo Verde e presidente em exercício da CPLP, Jorge Carlos Fonseca, do secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, do embaixador Sampaio da Nóvoa, representante de Portugal na UNESCO.

A estes, juntaram-se dezenas de outras personalidades lusófonas; os escritores moçambicano Mia Couto, cabo-verdiano Germano Almeida e ainda em Portugal Manuel Alegre. Os cantores Adriana Calcanhoto, Dino Santiago e Carminho e na Guiné-Bissau, o cineasta Flora Gomes.

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