No primeiro discurso sobre o estado da União, a presidente da Comissão Europeia defendeu uma verdadeira União da Saúde Europeia e exortou os estados membros a reduzirem as emissões poluentes em 55% até 2030. Ursula Von der Leyen anunciou ainda um novo pacto migratório europeu que servirá para sarar "as feridas abertas" na União Europeia através de uma "visão humanitária".
O eurodeputado português do Bloco de Esquerdo, José Gusmão, afirma que é "quase obsceno" a presidente da Comissão Europeia dizer que este pacto vai sarar "as feridas abertas", uma vez que se tratam de políticas que reproduzem a agenda da extrema-direita.
"A proposta que Ursula Von der Leyen apresenta para o campo de refugiados de Moria [na ilha grega de Lesbos] é bastante ilustrativa do beco sem saída que é esta política. Nós temos mais uma tragédia humanitária resultante desta política desumana dos campos de detenção e a proposta de Ursula Von der Leyen para resolver esta tragédia [...] é fazer um novo campo de detenção. A União Europeia só se está a enganar e está a agravar uma crise humanitária, que não vai embora com este tipo de política de condomínio privado", sublinha.
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