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Israel / Estados Unidos

Digressão do Secretário de Estado americano no Médio Oriente

O Secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo iniciou hoje em Israel uma digressão de cinco dias no Médio Oriente cujo intuito é convencer os países da região a normalizarem as suas relações com Israel, depois de os Emirados Árabes Unidos terem firmado um acordo neste sentido com Israel no passado dia 13 de Agosto sob a égide dos Estados Unidos.

O Secretário de Estado americano Mike Pompeo (à esquerda) junto do chefe do governo israelita Benjamin Netanyahu em Jerusalém esta segunda-feira 24 de Agosto de 2020.
O Secretário de Estado americano Mike Pompeo (à esquerda) junto do chefe do governo israelita Benjamin Netanyahu em Jerusalém esta segunda-feira 24 de Agosto de 2020. POOL/AFP
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Nesta digressão que coincide com a convenção republicana na qual também vai intervir, trata-se para Mike Pompeo de assegurar o "serviço pós-venda" do acordo para a normalização das relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, um acordo em que ambos os países pretendem aprofundar a sua cooperação económica e tecnológica a troco da suspensão, ou seja o adiamento segundo os israelitas, da anexação do território palestiniano da Cisjordânia.

Este acordo apresentado tanto pelos estados unidos como por Israel como sendo um marco histórico foi denunciado pelos palestinianos que o qualificam de "traição", o movimento radical Hamas tendo apelado ainda ontem os países da região a manter a pressão sobre o Estado Hebreu.

É que para além de Israel e dos Emirados Árabes Unidos, Mike Pompeo deve igualmente deslocar-se ao Bahrein e para o Sudão, países que têm sido citados como sendo possivelmente os próximos a estabelecer relações com Israel. Uma perspectiva sobre a qual desde já Mike Pompeo se mostrou “optimista”, à semelhança do primeiro-ministro israelita que falou em "nova era".

Nesta “nova era” contudo, Israel que até agora tem beneficiado da prioridade em termos de fornecimento de material bélico dos Estados Unidos, poderia já não ser tão prioritário, uma vez que os Estados Unidos pretendem vender caças F-35 aos Emirados, o que o Estado Hebreu vê com maus olhos.

Ainda esta segunda-feira, Benjamin Netanyahu reiterou que o acordo com os Emirados não incluía nenhuma cláusula relativa aos F-35 e que ele tinha recebido “garantias” de que o “avanço” militar de Israel seria mantido. Em jeito de garantia, Pompeo confirmou que mantém a primazia de Israel mas que os Estados Unidos “pretendem poder fornecer aos Emirados Árabes Unidos o equipamento de que precisam para proteger a sua população da ameaça que constitui a República Islâmica do Irão”.

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