Não houve trégua natalícia em Hong Kong
Incidentes esporádicos envolveram militantes pro-democracia e agentes policiais hoje em Hong Kong, depois de já ontem aquele território ter sido palco de violentos confrontos que levaram o governo local pro-Pequim a acusar quem qualificou de "arruaceiros irresponsáveis e egoístas" de terem estragado as festividades de Natal.
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"Estes actos ilegais não só tiveram impacto no ambiente festivo como também prejudicaram o comércio local" denunciou na sua conta Facebook a chefe do executivo pro-Pequim de Hong Kong, Carrie Lam.
Em Mong Kok, bairro comerciante daquele território, a polícia usou massivamente gás lacrimogéneo para dispersar a multidão. Gás pimenta também foi utilizado em pelo menos dois centros comerciais, em confrontos entre agentes policiais e manifestantes. Numerosos jovens foram detidos durante estes incidentes.
Desde Junho, Hong Kong tem sido abalada pela sua mais grave crise desde a retrocessão do território à China em 1997, isto depois de o governo local ter tentado fazer validar um projecto de lei visando facilitar as extradições de Hong Kong rumo à China. Apesar de o governo ter renunciado a este projecto, os manifestantes alargaram as suas reivindicações, exigindo agora mais democracia e sanções contra os autores de violências policiais.
Depois de os movimentos de protesto terem sido mais discretos nas últimas semanas, retomaram recentemente os apelos na internet para acções marcantes durante o período de Natal e do ano novo.
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