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Macau

Xi Jinping entre elogios a Macau e recados a Hong Kong

O Presidente chinês, Xi Jinping, presidiu, na manhã desta sexta-feira, à tomada de posse do novo Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau, Ho Iat Seng. Este foi o momento alto do dia em que se assinalaram os 20 anos da transferência de soberania de Macau para a República Popular da China, depois de mais de 400 anos de Administração portuguesa.

Xi Jinping, Presidente da China, e Ho Iat-seng, chefe do governo da Região Administrativa Especial de Macau.
Xi Jinping, Presidente da China, e Ho Iat-seng, chefe do governo da Região Administrativa Especial de Macau. Philip FONG / AFP
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O Presidente chinês foi a figura central da cerimónia e louvou, num extenso discurso, os “compatriotas de Macau”. Xi Jinping disse que eles têm “uma determinação firme” e que nunca ficaram “perplexos com as perturbações que vieram de fora”, definindo os “êxitos de Macau” como exemplo da “vitalidade” do modelo “Um País, Dois Sistemas”, formulado por Deng Xiaoping.

Depois dos elogios a Macau - entendido por Pequim como “bom aluno” - Xi Jinping lançou recados a Hong Kong e à comunidade internacional. Em causa, o facto de o território vizinho ser, há mais de seis meses, palco de violentos confrontos entre as forças de segurança e manifestantes pró-democracia, em protestos que visam a introdução do sufrágio universal, entre outras reivindicações.

O Presidente chinês avisou que os assuntos das duas “Regiões Administrativas Especiais são totalmente domésticos para a China”, e assinalou, de forma contundente, que a China jamais tolerará qualquer “ingerência nos assuntos de Hong Kong e Macau”.

Mensagens duras proferidas numa cerimónia em que esteve presente Carrie Lam, Chefe do Executivo de Hong Kong, que desde Junho enfrenta forte contestação nas ruas.

Xi Jinping abandonou o território de Macau pelas 16h30 locais, depois de uma visita de três dias que impôs um apertado controlo de segurança, nomeadamente com o impedimento de entrada em Macau de vários jornalistas e activistas de Hong Kong, com a justificação de que “podiam comprometer a segurança e a ordem pública de Macau”. Procedimento que o novo líder do Governo se recusou a comentar, esta sexta-feira, considerando estar dependente da avaliação das forças policiais.

Oiça aqui a reportagem de Sílvia Gonçalves, em Macau.

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Reportagem de Sílvia Gonçalves, em Macau.

 

 

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