O balanço da repressão no Irão poderia ser de 1500 mortos
De acordo com informações recolhidas pela agência noticiosa Reuters, o balanço das vítimas da repressão das manifestações que abalam o Irão desde meados de Novembro ascenderia a cerca de 1500 mortos, ou seja mais do que vinham contabilizando até agora as organizações de defesa dos Direitos do Homem.
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Entre as cerca de 1500 vítimas da repressão, figuram pelo menos 17 adolescentes e 400 mulheres, afirma a Reuters referindo ter recolhido estes dados junto de fontes de segurança, morgues e hospitais.
A confirmarem-se estas informações, o número de vítimas excede as estimativas até agora veiculadas nomeadamente pela Amnistia Internacional que, no passado dia 16 de Dezembro, contabilizava 304 mortos enquanto, mais recentemente, o Departamento de Estado Americano considerava que o balanço poderia ultrapassar os mil mortos.
Esses novos dados agora divulgados foram desde já desmentidos por Teerão que os qualificou de "falsas informações". Solicitada sobre este assunto, a missão iraniana nas Nações Unidas escusou-se a qualquer comentário.
As manifestações desencadeadas em meados do mês passado, depois de o executivo anunciar o aumento do preço do combustível, têm sido denunciadas pelas autoridades como sendo uma tentativa de desestabilização vinda do exterior.
Ao fazer o seu próprio balanço a este respeito, o Ministro do Interior iraniano declarou no passado 27 de Novembro que mais de 140 repartições públicas, centenas de agências bancárias e dezenas de postos de gasolina tinham sido incendiados um pouco por todo o país, incidentes nos quais, segundo ainda o governo, tinham participado até duzentas mil pessoas.
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