Irão: repressão de protestos matou 143 pessoas
A repressão dos protestos no Irão denunciando, nomeadamente, a subida do preço dos combustíveis provocou pelo menos 143 mortos. Este é o balanço revisto pela ong Amnistia Internacional que denuncia o facto de os manifestantes iranianos terem pago com a vida o direito em expressarem a sua opinião.
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Os protestos no Irão tinham começado a 15 de Novembro com o anúncio da subida do preço da gasolina.
A notícia ocorria num cenário de crise económica no país devido ao restabelecimento de sanções americanas contra o Irão.
Os protestos ganharam em dimensão e levaram a que as autoridades cortassem o acesso à Internet dificultando o acesso à informação fora do país.
A organização não governamental Amnistia Internacional alega ter obtido informações fidedignas que lhe permitem constatar a morte de pelo menos 143 pessoas na repressão dos protestos no Irão.
A ong em causa alega ter obtido através de interlocutores no terreno (jornalistas, activistas e outros informadores que alega serem credíveis) e denuncia uma "repressão forte".
Com este alerta a ong apela a que os países que sancionam economicamente o Irão tenham aqui uma intervenção, não ideológica nem política, mas para defender a vida humana.
E isto já que se estaria perante abusos de direitos humanos já que os manifestantes estariam "a pagar com a sua vida a sua liberdade de expressão".
Pedro Neto, é o director executivo da Amnistia Internacional em Portugal.
Pedro Neto, director executivo da Amnistia Internacional Portugal
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