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Índia: "situação explosiva com aumento do hiper-nacionalismo hindu"

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Na Índia o parlamento aprovou no passado dia 9 de Dezembro uma polémica lei da nacionalidade, que atribui a cidadania indiana aos refugiados residentes oriundos do Paquistão, Afeganistão e Bangladesh, mas exclui os muçulmanos, minoria que representa cerca de 19% da população do país.Desde então manifestações de protesto causaram pelo menos 25 mortos, centenas de feridos e 1500 pessoas foram detidas, por denunciarem a anti-constitucionalidade desta lei, que viola o princípio fundamental da laicidade do Estado, previsto na Constituição.Este domingo (22/12) no lançamento da campanha para as eleições legislativas de 2020, o primeiro-ministro Narendra Modi, líder do partido nacionalista hindu BJP - Bharatiya Janata Party - acusou o Partido do Congresso na oposição de "tentar empurrar o país para uma psicose do medo" e garantiu que os muçulmanos nascidos na Índia, ou com ascendência indiana não têm nada a temer.Djenirah Couto, investigadora na Escola Prática de Altos Estudos em Ciências Sociais aqui em Paris, alerta para o aumento do nacionalismo na Índia e adverte que as minorias cristãs e farsi (de origem persa), são alvo deste tipo de medidas discriminatórias desde há um ano e que estas tendem a alastrar a outras comunidades e minorias.

Polícia reprime manifestantes na Índia que protestam contra a polémica lei da cidadania que exclui os muçulmanos
Polícia reprime manifestantes na Índia que protestam contra a polémica lei da cidadania que exclui os muçulmanos STR / AFP
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