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Europa

Prémio Sakharov atribuído a uigure lham Thoti

Prémio Sakharov atribuído a lham Thoti, condenado a prisão perpétua, em 2014, depois de ter participado durante mais de 20 anos em ações pelos direitos da minoria muçulmana uigure. O Parlamento Europeu pede a sua libertação. 

Ilham Tohti em Pequim em 2010
Ilham Tohti em Pequim em 2010 Frederic J. BROWN / AFP
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O Parlamento Europeu anunciou, esta quinta-feira, que é o economista chinês de minoria uiguire, Ilham Tohti, o vencedor do prémio Sakharov, que visa distinguir, desde 1988, indivíduos e organizações que se destaquem ne defesa de liberdades fundamentais e na luta por direitos humanos.

O caso do intectual chinês que participou durante mais de 20 anos - até ser condenado pela justiça chinesa, em 2014, a prisão perpétua - em acções pelos direitos da minoria muçulmana uigure, que considerava ser excluída do desenvolvimento do país.

Na tentativa de promover o diálogo e a compreensão entre uigures e chineses, Ilham Tohti chegou a criar uma plataforma online - o Uyghur Online -onde denunciava a exclusão da minoria muçulmana. Como solução, o antigo professor de Teoria Económica na Universidade das Minorias em Pequim procurava sensibilizar para a necessidade de criação de um estatuto e tratamento dos uigur na sociedade chinesa e defendeu a implementação de leis regionais de autonomia.

A justiça chinesa, no entanto, não o perdoou pelas publicações que vinha fazendo na plataforma e em conteúdos das suas aulas, pelo que o condenou para toda a vida por promover o separatismo da província de Xinjiang.

Na altura, a sentença provocou a indignação de governos estrangeiros e de organizações de defesa dos direitos humanos. Hoje, 5 anos depois, continua: o caso do Parlamento Europeu que dá todo o destaque à liberdade de pensamento de Ilham Tohti e "pede para que seja imediatamente libertado pelas autoridades chinesas", afirmou o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli.

Já este ano também o Conselho da Europa homenageou Ilham Tohti  ao ter-lhe atribuído o prémio de direitos humanos, Vaclav Havel.

As Nações Unidas têm vindo a alertar para a existência de campos de detenção na China para pessoas de minoria uigure e de outros muçulmanos vistos como inimigos do Estado.

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