Maduro aceita eleições antecipadas e Guaidó confiante
O Presidente venezuelano, Maduro, acaba de declarar que está aberto a eleições legislativas antecipadas durante este ano, na tentativa de resolver a crise política do país, pressionado por Guaidó, autoproclamado presidente da República, apoiado pela comunidade internacional. O dia de hoje foi marcado por manifestações dos dois lados, ambos a reclamar serem o futuro da Venezuela.
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O dia de hoje foi marcado por manifestações na capital Caracas e em várias cidades de Venezuela, que assinala o vigésimo aniversàrio da Revolução Bolivariana socialista de Hugo Chavez de fevereiro de 1999.
As manifestações opuseram apoiantes do presidente contestado, Maduro, e do presidente autoproclamado, Guaidó, cada um a defender as suas posições para dirigir o país que atravessa uma grave crise política e económica.
O Presidente Nicolas Maduro, cuja legitimidade é contestada a nível nacional e internacional, acabou por propor esta tarde a realização de eleições antecipadas no decurso deste ano, conforme reclamava a comunidade internacional.
Num discurso perante os seus apoiantes, o chefe de Estado, anunciou que a Assembleia constituinte, fiel à sua administração, vai debater a renovação da Assembleia nacional, que qualificou de "burguesa", porque dominada pela oposição.
As próximas legislativas estavam previstas para 2020.
Por seu Juan Guaido, presidente da Assembleia nacional e líder da oposição, entretanto, autoproclamado chefe de Estado, apelou o povo, durante a sua manifestação, a continuar a sua mobilização nas ruas das cidades do país.
Guaidó, que falava para milhares de pessoas, aproveitou para marcar uma nova manifestação para 12 de fevereiro, dia da juventude, contra a política de Maduro.
O autoproclamado presidente, reconhecido pelos Estados Unidos e vários países da comunidade internacional, como a França, prevê ainda uma segunda manifestação para os próximos tempos.
Washington, entretanto, apelou os militares venezuelanos, a juntar-se ao campo de Guaidó.
Para Fernando Campos, conselheiro das comunidades portuguesas, em Caracas, a manifestação de hoje de apoiantes de Guaidó, é fundamental para mostrar ao mundo que o povo quer mudança.
Fernando Campos, conselheiro das comunidades portuguesas, em Caracas,
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