"To Brexit or not to Brexit", eis a questão !
O acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) foi amplamente rejeitado pelo Parlamento britânico, nesta terça-feira, relançando a incerteza sobre aquela separação anunciada, ao mesmo tempo que deixa no ar a incógnita sobre o futuro imediato da Primeira-ministra.
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Os esforços de Theresa May foram inúteis : Durante cinco dias de acesos debates na Câmara dos Comuns, a chefe do Executivo britânico pediu aos deputados que respeitem o resultado do referendo que decidiu a saída do Reino Unido da UE, mas em vão.
O documento tem 585 páginas, elaborado após 17 meses de ásperas negociações entre Londres e Bruxelas, sofreu uma derrota histórica no Parlamento, rejeitado por 432 deputados, e apoiado apenas por 202.
"É uma derrota catastrófica para o governo", afirmou o líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, que lançou imediatamente uma moção de censura contra o Governo conservador de Theresa May, "para que a Câmara possa dar seu veredito sobre sua incompetência".
Se a moção de censura for aprovada, nesta Quarta-feira, deverá ser debatida na próxima Quarta-feira, e pode levar à formação de um novo Executivo, ou a eleições legislativas antecipadas.
A derrota do acordo do Brexit no Parlamento era esperada, e os mercados financeiros reagiram positivamente, assistindo-se à valorização da libra esterlina.
A pouco mais de dois meses da data marcada para o Brexit, a 29 de Março, o país mergulhou de novo na confusão e na incerteza. Theresa May prometeu que o governo apresentará um plano alternativo na próxima Segunda-feira, mas poderá faltar-lhe o tempo para encontrar um verdadeiro Plano B.
A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou nesta quarta-feira, dias 16 de Janeiro, que "ainda há tempo para negociar" um acordo sobre o Brexit, em função de eventuais propostas da Primeira-ministra britânica, Theresa May.
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