Estados Unidos atacam finanças e petróleo iranianos
Entraram em vigor nesta segunda-feira as novas sanções norte-americanas contra o Irão. As novas sanções norte-americanas funcionam como forma de pressionar países terceiros que negoceiam actualmente com o Irão: empresas asiáticas ou europeias serão banidas do mercado norte-americano se continuarem a importar petróleo iraniano, ou realizarem operações com bancos iranianos.
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Oito países, no entanto, irão beneficiar de uma isenção para o petróleo. Segundo o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, na lista de oito países estão China, Índia, Itália, Grécia, Coreia do Sul, Japão, Taiwan e Turquia.
Este regime de isenção é semelhante ao que os Estados Unidos praticaram de 2012 a 2015, antes do acordo nuclear negociado durante o mandato de Barack Obama. Na época, China, Índia, Turquia, Coreia do Sul, Japão e Taiwan foram poupados às sanções norte-americanas, uma vez que estavam a reduzir as suas importações de petróleo iraniano. Anos depois, a administração Trump assumiu o mesmo argumento.
Sobre as sanções financeiras, mais de 600 indivíduos e entidades no Irão serão colocados numa lista negra. As exportações de petróleo, que representam 40% das receitas do Estado iraniano, segundo o Banco Mundial, já caíram de 2,5 milhões de barris por dia para 1,6 milhões de barris em Setembro.
Para continuar a vender o seu petróleo bruto, os petroleiros iranianos estão há algumas semanas a desligar os seus "transponders" para não serem vistos pelos satélites.
O maior mercado para o petróleo iraniano é a China, seguido pela União Europeia, Índia e Turquia. O Japão e a Coreia do Sul praticamente reduziram as suas importações a zero.
Apesar da animosidade, Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, reitera que está disposto a reunir-se com os líderes iranianos para negociar um acordo global.
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