Desvalorização da moeda bolivar na Venezuela
Caracas acordou hoje assaltada por um frenesim de compras, longas filas de espera em bombas de gasolina com o dólar disparando em flecha no mercado negro. Os venezuelanos estão angustiados e circunspectos antes da circulação de novas notas do bolivar ancorado à criptomoeda o Petro.
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Os comerciantes enfrentam o dilema de fechar as lojas ou aumentar os preços correndo o risco de perder os clientes.
Isto após o anúncio do aumento do salário mínimo multiplicado por 60, passando de meio dólar para 30 dólares, feito pelo Presidente da Venezuela, na sexta-feira.
O Presidente Madura, anunciou igualmente uma depreciação da moeda nacional, a partir de segunda-feira.
Os venezuelanos duma maneira geral mostravam-se hoje angustiados fazendo as últimas despesas nos estabecimentos comerciais e perdendo o seu tempo em longas filas de carros para se abastecerem em bombas de gasolina do país.
O Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, decretou na sexta-feira a entrada em vigor de uma taxa de câmbio único ancorada ao Petro, a criptomoeda, lançada este ano pelo governo, ao mesmo tempo que anunciava uma depreciação de 96% do bolivar, a moeda nacional.
Estas medidas radicais, destinadas a resolver a grave crise económico-financeira que o país atravessa, marcada por uma inflação galopante e a queda do bolivar, estão a chocar os venezuelanos.
Tanto mais que os economistas dizem que estas medidas vão piorar a situação com várias empresas a fechar as portas, logo aumento do desemprego e debandada de venezuelanos para países vizinhos.
Ao nível político, a oposição já apelou para uma greve nacional e manifestações, na terça-feira, em todo o país.
Medidas draconianas de Maduro preocupam venezuelanos
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