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Mundo

Vítimas mortais em greve geral na Venezuela

A oposição venezuelana estimou em 92% a adesão ao primeiro de dois dia da greve convocada contra o Presidente Nicolás Maduro e sua Assembleia Constituinte, cujos delegados vão ser eleitos este domingo.

Manifestantes nas ruas de Caracas, na Venezuela
Manifestantes nas ruas de Caracas, na Venezuela REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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Rafael Vergara, de 30 anos, morreu "durante um protesto" em Ejido, no estado de Mérida, ao ser baleado entre manifestantes e militares, informou o Ministério Público Venezuelano.

Horas depois, o Ministério Público comunicou a segunda morte de um jovem de 16 anos "ferido durante manifestação em Petare", um bairro popular do leste de Caracas.

Além das vítimas mortais, há registo de dezenas de feridos nos confrontos com a Guarda Nacional Bolivariana de Nicolás Maduro, que respondeu com esferas de chumbo e bombas de gás lacrimogéneo. Com as duas mortes, o número de óbitos em quatro meses de protestos na Venezuela chega a 105, além de milhares de feridos.

Em todo o país, centenas de manifestantes foram detidos pela polícia e por membros da Guarda Nacional.

"Cumpriu-se a greve geral em 92% em todo o país. A Venezuela deixou claro a Nicolás Maduro que não vai se calar diante desta fraude constituinte", disse em colectiva o deputado Freddy Guevara em nome da coligação da oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Para amanhã a coligação convocou uma marcha em Caracas e um boicote contra a votação de domingo, quando se prevê a eleição de 545 constituintes.

Pressão de Washington

Os Estados Unidos elevaram o tom e adoptaram sanções económicas contra 13 funcionários da Venezuela por "minar a democracia". Washington adoptou, ontem, o terceiro pacote de sanções contra funcionários do governo Maduro, congelando seus activos nos Estados Unidos e proibindo cidadãos americanos de manter relações comerciais venezuelanos sob sanções.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou hoje os Estados Unidos de usarem novas sanções contra funcionários do Governo de Caracas para derrotarem a democracia no país.

México e Colômbia afirmaram que o governo da Venezuela procuram desviar a atenção sobre a grave crise económica e política divulgando "informação falsa", como a da suposta intervenção dos dois países num plano para derrubar o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

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