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Grã Bretanha

Daesh reivindica atentado de Londres

 Daesh reivindicou o atentado de sábado à noite em Londres que causou 7 mortos e 48 feridos, dos quais 21 em estado crítico.

Ramo de flores depositado perto da London Bridge, depois do atentado de 4/06/2017
Ramo de flores depositado perto da London Bridge, depois do atentado de 4/06/2017 REUTERS/Neil Hall
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A reivindicação foi feita ontem à noite através da agência de propaganda Amaq, ligada ao auto-proclamado Estado Islâmico, mas não foram divulgadas as identidades dos três terroristas abatidos pela polícia, para não comprometer o inquérito.

Apenas a fotografia de um deles, apresentado como sendo o "chefe" figura hoje na manchete de vários jornais locais, que apresentam a fotografia de um barbudo, de cabeça rapada, vestido com calças militares e um fictício colete de explosivos, ensanguentado e jazendo no solo depois de abatido pela polícia.

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Maria João Araújo, correspondente em Londres

Segundo os vizinhos trata-se de Abdul, mais conhecido por Abs, pai de duas crianças, que teria mudado recentemente de atitude embora sem agressividade, frequentador do ginásio do bairro de Barking, onde se tinha instalado há cerca de um ano.

O diário Daily Telegraph de hoje escreve que a polícia tinha gravado no mês passado, conversas telefónicas de uma célula terrorista nos arredores de Barking, sobre a utilização da rede internet para preparar um ataque com um camião e à facada em Londres, o que poderia explicar a rapidez com que as forças de segurança efectuaram uma rusga domingo de manhã (4/06) no apartamento onde teria vivido o terrorista Abdul com a sua esposa e filhos. 

A polícia britânica efectuou esta segunda-feira (5/06) novas detenções, nos bairros de Newham e Barking, um bairro multi-étnico da periferia este de Londres, onde na véspera tinham sido presas 12 pessoas, 7 mulheres e 5 homens com idades compreendidas entre os 19 e 60 anos, mas posteriormente um homem de 55 anos foi libertado.

A polícia procura eventuais cúmplices e a sua chefe Cressida Dick afirmou hoje que foi encontrada uma "grande quantidade" de elementos no veículo dos terroristas, que estão a ser examinados pela polícia científica.

Foi instalado um cordão policial nas proximidades da London Bridge, onde a carrinha abalrruou os transeuntes, e se situa o Shard o maior arranha céus da Europa, vários prédios comerciais e o mercado Borough, que hoje permanecia encerrado.

Entretanto a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 8 de Junho recomeçou hoje, com o líder trabalhista da oposição Jeremy Corbyn a apelar à demissão da primeira-ministra Theresa May por ter reduzido de cerca de 20.000 pessoas os efectivos da polícia, durante os seis anos em que foi ministra do interior entre 2010 e 2016.

Segundo uma estimativa do Instituto YouGov, o partido conservador de Theresa May poderia perder a maioria absoluta que detém na Câmara dos Comuns do parlamento britânico.

Theresa May anunciou ainda hoje que o estado de alerta se mantém a nível "severo" o segundo mais elevado antes de crítico, que foi momentaneamente decretado após o atentado de Manchester a 22 de Maio.

Este foi o terceiro atentado em três meses no Reino Unido, todos reivindicados por Daesh, grupo terrorista que é alvo de bombardeamentos aéreos, entre outros, britânicos no Iraque e na Síria, mas a polícia privilegia a pista de uma ameaça terrorista interna e não teleguiada a partir do estrangeiro.

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