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REINO UNIDO

Reino Unido em alerta máximo após atentado de Manchester

Salman Abedi, de 22 anos, foi o indíviduo que perpetrou o atentado, ao explodir-se numa das portas de entrada da Manchester Arena, matando 22 pessoas e fazendo mais de 50 feridos. As autoridades britânicas estão a avançar que o indíviduo, provavelmente, "não terá agido sozinho". A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou também que o nível de alerta no país passou de "grave" a "crítico".

Polícias armados perto da Catedral de St. Paul, em Londres.
Polícias armados perto da Catedral de St. Paul, em Londres. REUTERS/Neil Hall
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Salman Ramadan Abedi, cidadão britânico de origem líbia, nasceu em Manchester no seio de uma família muçulmana. Os pais, que tinham fugido ao regime de Khaddafi, encontraram refúgio no Reino Unido. Salman Abedi inscreveu-se no curso de Comércio e de Management na universidade de Salford mas nunca o acabou, tendo desistido da faculdade após dois anos. Entretanto, deslocou-se à Líbia e à Síria, onde se terá radicalizado. 

As autoridades britânicas vieram também afirmar que o indíviduo se insere numa rede terrorista mais ampla. Uma pista que já estava a ser seguida pela ministra do Interior britânica, Amber Rudd, que tinha dito que o indíviduo era conhecido dos serviços de segurança e "não deve ter agido sozinho", tendo em conta que o atentado "foi mais elaborado que os outros".

Uma informação corroborada pelo ministro da Defesa francês, Gérard Collomb, que afirmou que o indíviduo tinha "ligações confirmadas" com o Estado Islâmico e que terá sido após a sua deslocação à Líbia e à Síria, que o indíviduo "decidiu cometer o atentado". A BBC, aliás, está a avançar a informação de que o indíviduo foi apenas um pião utilizado para cometer o atentado, tendo o engenho explosivo sido desenvolvido por outra pessoa.

Foi nomeadamente seguindo esta lógica que as autoridades detiveram quatro indíviduos no quadro da investigação sobre o atentado. Além disso, a casa do indíviduo, assim como a do seu irmão, foram investigadas pela polícia. Durante o dia de hoje, estão também a ter lugar vários operações policiais na cidade de Manchester.

Reino Unido passa de alerta "grave" a "crítico"

Tendo em conta que as autoridades ainda não conseguiram retraçar o percurso e o apoio fornecido a Salman Abedi, a primeira-ministra britânica, Theresa May, decidiu aumentar o grau de alerta de "grave" a "crítico". Com este nível de alerta, o país pode agora mobilizar 5000 agentes suplementares para fazer face ao terrorismo. 

Além disso, os serviços de segurança decidiram também reforçar a vigilância à volta de lugares estratégicos em todo o território, assim como nos grandes eventos que se organizarão no Reino Unido. No Parlamento britânico, por exemplo, foi mobilizada a tropa para impedir que o órgão legislativo sofra ataques semelhantes ao que ocorreu em Março deste ano. 

De realçar que o atentado de Manchester, que fez 22 mortos, é o mais mortífero desde 2005, ano em que a Al-Qaeda perpetrou vários atentados suicidas nos transportes públicos, tendo feito 56 mortos e mais de 700 feridos. 

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