Washington desvaloriza acusações do TPI
O departamento de Estado norte-americano desvalorizou o relatório do Tribunal Penal Internacional que indica que as Forças Armadas norte-americanas e a agência de informações CIA torturaram 61 prisioneiros no Afeganistão e em 27 prisões na Polónia, Lituânia e Roménia, entre 2003-2004.
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Washington considerou que o inquérito não é justificado nem apropriado, lembrando que os Estados Unidos não ratificaram o Tratado de Roma que reconhece a competência do TPI.
Esta segunda-feira, a procuradora do Tribunal Penal Internacional, Fatou Bensouda, declarou que “há uma base razoável para acreditar que os membros das Forças Armadas norte-americanas e da CIA terão recorrido a métodos que configuram crimes de guerra durante o interrogatório dos detidos”.
A procuradora deve decidir, agora, se pede a abertura de um inquérito sobre os alegados crimes de guerra. Crimes igualmente cometidos pelos talibãs e pelas forças do Governo afegão, de acordo com o TPI. Ainda que Cabul não tenha ratificado o tratado fundador do Tribunal Penal Internacional, o país já tinha reconhecido a competência do TPI em 2003.
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