Joe Biden obrigado a fazer as pazes com a Turquia
Joe Biden, vice-presidente estadunidense, chegou hoje em Ancara onde ira encontrar-se com o presidente turco Recep Tayyep Erdogan. Este encontro enquadra-se num período tenso nas relações diplomáticas entre os dois países.
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A visita do vice-presidente americano Joe Biden à Turquia decorre num momento de alta tensão diplomática entre os dois países desencadeado pelo golpe de Estado falhado do 15 de julho passado.
Com efeito, o presidente turco Recep Tayyep Erdogan sempre acusou o ex-imã Fetullah Gullen, oponente político do líder da AKP, de ter organizado a conspiração a partir dos Estados-Unidos, onde reside exilado desde 1999.
Desde então, a Turquia pediu oficialmente a sua extradição mas Washington ainda não accedeu ao pedido e pede provas da implicação do intelectual muçulmano no golpe de Estado.
Joe Biden irá certamente tentar pacificar as relações com Ancara. O primeiro ministro turco Binali Yildirim também reconheceu no último fim-de-semana a necessidade de melhorar as relações dos dois aliados da Nato.
É que ao mesmo tempo, a Turquia lançou a maior intervenção militar na Síria desde o princípio da guerra: Uma dezena de tanques turcos entraram hoje na Síria.
Respondendo oficialmente ao ataque terrorista de domingo passado em Gaziantep, Erdogan quer pôr o Estado Islâmico fora da cidade Jarablus, situada perto da fronteira com a Turquia.
Mas esta intervenção tem outro objectivo : fragilizar as posições dos combatentes Curdos, que ganharam força com a recente tomada da cidade de Manbij.
O presidente turco explicitou hoje a posição oficial defendendo que "a operação turca na Síria contra os grupos terroristas de Daech e do PYD (Partido democrático curdo) tinha por objectivo acabar com todos os problemas na fronteira turca."
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