G7 em Ise-Shima: segurança regional, crise dos refugiados e economia mundial na agenda

Na agenda do G7, reunido em Ise-Shima, no Japão, está nomeadamente a questão da segurança e o equilíbrio regional no sudeste da Ásia, a crise dos refugiados que afecta a Europa,bem como questões ligadas à redinamização da economia mundial ,em plena estagnaçao desde a crise financeira de 2008 e a recente queda do preço do petróleo e da procura das matérias-primas. A baixa do preço do petróleo e da procura das matérias-primas levou à contracção da economia dos países emergentes.

G7 reunido em Ise-Shima com Shinzo Abe e Barack Obama em primeiro plano. 26 de Maio de 2016 REUTERS

 Em Ise-Shima no Japão, o G7 acolhido pelo Primeiro-Ministro Shinzo Abe , manifestou a sua inquietação no respeitante à crise dos refugiados que chegam às costas de países da União Europeia. O presidente do Conselho europeu Donald Tusk destacou as difíceis condições em que se encontram os refugiados e a falta de apoio da comunidade internacional. Tusk lançou um apelo para que, as instituições financeiras internacionais assumam as suas responsabilidades e contribuam para o realojamento dos milhares de pessoas, na sua maioria proveniente do Médio-Oriente.

 No capítulo da segurança , o chefe de Estado americano, Barack Obama considerou que o desenvolvimento do programa nuclear da Coreia do Norte é um motivo de preocupação, porque o isolamento do regime de PyongYang e a tensão crescente entre as duas Coreias( norte e seul) , pode pôr em causa o equilíbrio regional no sudeste asiático.

 Os dirigentes do G7 reiteraram a sua preocupação sobre as economias dos países emergentes. O Primeiro-Ministro japonês, Shinzo Abe, estabeleceu um paralelo entre a situação actual e o prelúdio à crise financeira mundial de 2008.

 Shinzo Abe apresentou aos seus hóspedes documentos do Fundo Monetário Internacional que revelam uma baixa de 55% nos preços das matérias-primas entre Junho de 2014 e Janeiro de 2016, à semelhança do que se tinha verificado no período de  Julho de 2008 à  Fevereiro de 2009, posterior à  falência do banco Lehman Brothers, em 15 de Setembro de 2008, data que marca o início da crise financeira mundial.