Luxemburgo julga protagonistas do Luxleaks
Três franceses começaram a ser julgados nesta quarta-feira no Luxemburgo , acusados de terem organizado a fuga de documentos que revelam importantes incentivos fiscais, concedidos pelo governo luxemburguês à firmas multinacionais operando no seu território.
Publicado a: Modificado a:
Ouvir - 01:09
Antoine Deltour , Raphael Halet, ambos funcionários da firma de serviços, Pricewaterhouse Coopers e o jornalista Edouard Perrin são acusados pela justiça do Luxemburgo de ter roubado milhares de documentos confidenciais , no âmbito do chamado escândalo Luxleaks.
Dilvulgado em Novembro de 2014, o escândalo revelou a existência de acordos fiscais entre Apple, IKEA e Pepsi e o governo de Luxemburgo, que contribuiam para uma redução da ordem de vários mil milhões de dólares de impostos pagos pelas três firmas. Na época dos acordos concluidos entre o Luxemburgo e as referidas sociedades, o primeiro-ministro do ducado, era o actual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Numa atitude pouco habitual ,a França por intermédio do ministro das Finanças, Michel Sapin, manifestou a sua solidariedade para com Antoine Deltour. Deltour de 31 anos de idade, reconheceu as acusações do tribunal luxemburguês. Os co-arguídos, Raphael Halet de 40 anos e Edouard Perrin, contestaram as acusações pronunciadas pelo tribunal luxemburguês .O julgamento dos três franceses durará até ao dia 4 de Maio.
Antes dos Panama Papers que revelaram as ligações entre dirigentes internacionais e empresas de fachada em paraísos fiscais, o Luxleaks era o maior escândalo em matéria de fraude fiscal.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro