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União Europeia

Suécia e Finlândia tencionam expulsar dezenas de milhares de migrantes

Perante o afluxo massivo de migrantes à Suécia, 163 mil refugiados tendo formalizado um pedido de asilo naquele país no ano passado, Estocolmo anunciou que pretende expulsar este ano 60 a 80 mil migrantes, a Finlândia seguindo o mesmo caminho ao revelar que tenciona expulsar 20 mil migrantes nos próximos meses, enquanto a Alemanha que em 2015 recebeu um pouco mais de um milhão de refugiados já declarou que em 2016 vai receber menos pessoas e a Áustria entende acolher um máximo de 37.500 migrantes este ano. 

Evacuação de migrantes de um campo de Malmö, Suécia, a 3 Novembro de 2015.
Evacuação de migrantes de um campo de Malmö, Suécia, a 3 Novembro de 2015. REUTERS/Drago Prvulovic
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Apesar de ainda hoje o Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados ter apelado a mais abertura ao considerar que "os países industrializados têm a capacidade de absorver a chegada de refugiados", assiste-se na Europa a crescentes restrições em matéria de política migratória. A Dinamarca acaba de adoptar na passada terça-feira um dispositivo legal extremamente dissuasivo contra a chegada de migrantes incluindo a retenção de bens dos candidatos à imigração. A Dinamarca é um dos 6 países do Espaço Schengen que juntamente com a Suécia, a Noruega, a Alemanha, a Áustria e a França restabeleceram momentaneamente os controlos nas suas respectivas fronteiras para travar a chegada de migrantes.

Por sua vez, a Grécia que está na linha da frente perante os fluxos migratórios, tem estado na mira dos seus parceiros europeus. Ontem, aquando da discussão em Bruxelas em torno de um projecto de relatório sobre a matéria, a Comissão Europeia considerou que a "Grécia negligenciou gravemente" as obrigações previstas nos Acordos Schengen no que diz respeito à vigilância das suas fronteiras, este órgão avisando que Atenas poderia ficar ficar temporariamente fora do espaço Schengen.

A Grécia que recebeu no ano passado milhares de migrantes, mais de 100 mil em Dezembro e já 47 mil neste mês de Janeiro, comprometeu-se há alguns meses a colocar em funcionamento no seu território 5 "Hot spots", estruturas de registo e acolhimento dos migrantes, a troco de ajuda financeira. Todavia até ao momento apenas um "Hot spot" está operacional, o que não deixa de suscitar reacções de desconfiança por parte de Bruxelas, enquanto Atenas considera que esta é uma atitude "não construtiva".

Esta é uma opinião partilhada por Elsa Lechner, especialista portuguesa das migrações, que começa por abordar a decisão da Suécia de expulsar migrantes.

02:20

Elsa Lechner, especialista portuguesa de migrações

 

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