Israel não confirma envolvimento em ataques contra Síria
A Síria acusa Israel de ter bombardeado na noite de domingo (7) alvos estratégicos do regime na periferia de Damasco, incluindo o aeroporto internacional da capital. A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que monitora a guerra civil na Síria, confirmou que depósitos militares foram atingidos, mas não pôde verificar a responsabilidade dos ataques. Israel se limitou a defender seu direito de impedir transferências de armas a "grupos terroristas".
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O presidente Bashar al-Assad denuncia um "apoio direto" de Israel aos jihadistas e a grupos rebeldes que combatem seu governo. Segundo as autoridades sírias, foram dois ataques perto da capital.
Israel confirmou nesta segunda-feira (8) sua determinação a impedir toda "transferência de armas" da Síria para o Hezbollah libanês, mas sem confirmar sua responsabilidade nos ataques contra Damasco.
"Temos uma política de defesa intransigente que visa impedir a transferência de armas sofisticadas para organização terroristas", disse Youval Steinitz, ministro de Assuntos de Inteligência, em entrevista à rádio pública.
Steinitz se referiu ao movimento xiita libanês Hezbollah, inimigo de Israel. O ministro não quis confirmar o envolvimento do país nos ataques contra o regime sírio. Israel já bombardeou várias vezes posições militares sírias, nos últimos anos.
Segundo a imprensa israelense, não há dúvidas sobre a responsabilidade do país e os ataques atingiram comboios ou estoques de armas consideradas "sofisticadas" (mísseis antitanques, mísseis terra-ar) destinadas ao Hezbollah.
Alguns jornais consideram que os bombardeios terão impacto na campanha para as eleições legislativas antecipadas de 17 de março. O primeiro-ministro, Benjamin Netaniahu, do partido Likud, pretende ser reconduzido ao cargo.
Ofensiva do regime sírio
O regime de Bashar al-Assad continua tendo sucesso na reconquista de áreas perdidas para os rebeldes. No domingo, as forças do regime conseguiram conter uma ofensiva jihadista na província de Deir Ezzor. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, 100 jihadistas e 60 soldados sírios morreram.
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