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Iraque/Violência

Curdos retomam dos jihadistas controle da maior barragem do Iraque

As forças curdas, auxiliadas pela aviação americana, retomaram o controle da maior barragem do Iraque, em Mossul, que estava nas mãos do jihadistas do Estado Islâmico (EI), alvos também de ataques do exército sírio. A Grã-Bretanha anunciou que seu engajamento no Iraque pode durar vários meses.

Homens  das forças curdas (peshmergas), em uma feira de venda de armas na cidade de Erbil no norte do Iraque.
Homens das forças curdas (peshmergas), em uma feira de venda de armas na cidade de Erbil no norte do Iraque. REUTERS/Azad Lashkari
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As forças curdas haviam lançado no sábado uma vasta ofensiva para retomar o controle da barragem que fornece água e energia para a maior parte da região de Mossul. Os Estados Unidos apoiaram essa ação com um total de 23 ataques aéreos em dois dias, que destruíram ou danificaram dezenas de veículos militares além de um posto de controle do grupo jihadista.

Segundo o comando do exército americano, só no domingo foram realizados 14 ataques aéreos.Ali Awni, um dos responsáveis pelo principal partido curdo iraquiano, confirmou que a barragem de Mossul havia sido completamente liberada e os combates haviam se deslocado para Tal Kayf, dominada pelos radicais do Estado Islâmico e distante centenas de quilômetros da barragem.

Apesar do fim dos combates de Mossul, algumas áreas ficaram inacessíveis devido a bombas deixadas pelos rebeldes. O presidente Barack Obama informou neste domingo o Congresso americano dos ataques lançados contra o Estado Islâmico no norte do país perto de Mossul.

Apoio britânico deve durar vários meses

O chefe da diplomacia britânica, Michael Fallon, afirmou que o engajamento do Reino Unido no Iraque não é apenas humanitário e pode durar vários meses. "Não se trata simplesmente de uma missão humanitária. Assim como outros países da Europa, estamos determinados a fazer o que estiver ao nosso alcance para ajudar o governo iraquiano a combater essa espécie nova e muito radical de terrorismo promovido pelo Exército Islâmico", declarou Fallon aos pilotos e a outros membros da Royal Air Force baseados em Akroiti, no Chipre, segundo o jornal The Guardian.

O Iraque está mergulhado no caos desde o início de uma grande ofensiva, no dia 9 de junho, dos insurgentes sunitas liderados pelo Estado Islâmico no norte de Bagdá. A ação se estendeu pelo norte do país provocando a fuga de pelo menos 200 mil pessoas, sendo a maioria de Yazidis, uma comunidade de curdos não muçulmanos, e também de cristãos.

Os jihadistas do EI conseguiram tomar o controle de várias partes do territórios iraquiano, no norte e oeste, e também estão presentes no conflito que atinge a vizinha Síria. Eles enfrentam ao mesmo tempo a rebelião síria e o regime de Damasco que, no domingo, lançou 43 ataques aéreos contra posições do EI no norte e no leste sírios matando 31 insurgentes.

A oposição síria fez uma apelo aos países Ocidentais, especialmente aos Estados Unidos, para que intervenham contra o grupo na Síria assim como fazem no Iraque.

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