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Síria/Política

Síria anuncia “gestos humanitários” antes da Conferência de Paz

O regime de Damasco prometeu nesta sexta-feira (17) “gestos humanitários” a poucos dias da abertura da Conferência de Paz chamada de Genebra 2 que discutirá uma solução para o conflito sírio. Muito dividida, a oposição síria deverá decidir se participa ou não do encontro agendado para o dia 22.

O chanceler russo Serguei Lavrov (à dir.) e o chanceler Walid al-Moualem antes do encontro desta sexta-feira, em Moscou.
O chanceler russo Serguei Lavrov (à dir.) e o chanceler Walid al-Moualem antes do encontro desta sexta-feira, em Moscou. Reuters
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A cinco dias do encontro diplomático imposto pela Rússia e pelos Estados Unidos, o regime de Bashar Al-Assad se diz pronto a autorizar a entrada e deslocamento de ajuda humanitária, trocar de prisioneiros com os rebeldes e por em prática um plano de cessar-fogo em Alepo.

"Percebemos que o governo sírio está pronto e isto foi confirmado hoje pelo ministro (sírio), a adoção de uma série de medidas de caráter humanitário, principalmente em resposta a nossos pedidos”, declarou o chanceler russo, Serguei Lavrov, na saída do encontro em Moscou com o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moualem.

O chanceler sírio indicou que o regime está disposto a fazer uma troca de prisioneiros. “Informei o ministro Lavrov que nós estamos prontos para trocar prisioneiros contra os detidos nas mãos dos adversários”, disse. “Consequentemente, estamos prontos a trocar listas e elaborar um mecanismo para levar adiante”, explicou.

A Síria transmitiu às autoridades de Moscou um plano de segurança para a região de Alepo. “Pedi ao ministro Lavrov para estabelecer os contatos necessários para dar início a este plano, para determinar o momento exato da suspensão de todas as ações militares nesta região”, afirmou Moualem.

As medidas atendem à algumas exigências da Coalizão de oposição síria que deve se reunir na tarde desta sexta-feira em um hotel na periferia de Istambul. O debate, já suspenso por dias dias, deve ser longo e difícil já que os membros da Coalizão de oposição  se mostram profundamente divididos sobre a oportunidade de sentar-se à mesma mesa com outros representantes da oposição ao presidente Al-Assad.

“Tomar uma decisão sobre participar ou não da Conferência não é fácil”, admitiu um conselheiro do presidente da Coalizão.

Ataques

Sete pessoas, sendo 5 crianças morreram nesta sexta-feira após os lançamentos de obuses contra a cidade de Aarsal, no Líbano, próxima da fronteira contra a Síria.

De acordo com as forças de segurança, outras 20 pessoas ficaram feridas. O presidente libanês, Michel Sleimane, reagiu imediatamente pedindo que o exército “proteja” as cidades fronteiriças deste tipo de ataque.
 

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