Equipes de resgate localizam avião russo Sukhoi sem sobreviventes
Equipes de resgate da Indonésia chegaram hoje ao local onde caiu o jato russo Sukhoi com 47 pessoas a bordo. O avião foi localizado numa região montanhosa, a 1.800 metros de altura, ao sul de Jacarta. Não há sobreviventes. O jato desapareceu quarta-feira quando fazia um voo de demonstração.
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A maioria dos 47 mortos na tragédia são indonésios, à exceção de oito russos, um francês e um americano, segundo Trimarga Rekatama, agente do fabricante russo Sukhoi na Indonésia. Outras fontes chegaram a evocar 50 ocupantes. O avião, modelo Superjet 100, chocou-se contra a encosta de uma montanha, ficando completamente destruído.
A Rússia abriu um inquérito criminal para apurar as causas da tragédia. Segundo o comitê de investigação russo, indícios apontam que houve violação das regras de segurança do transporte e de exploração de um meio de transporte, conforme prevê o artigo 263-3 do Código Penal.
Golpe para a indústria aeronáutica russa
O Estado russo investiu US$ 1 bilhão de dólares no programa de desenvolvimento do Superjet 100, que deveria redourar a imagem da indústria aeronáutica, em crise desde a década de 90 e marcada por uma série de catástrofes aéreas nos últimos anos. Em comunicado, a agência de notação de risco Fitch declarou que o acidente representa um revés e prejudica a reputação do setor na Rússia.
O Superjet 100 da Sukhoi fazia um voo promocional destinado a captar novos clientes na Ásia. O avião, capaz de transportar até uma centena de pessoas, com autonomia de voo de 4.500 km, tem preço de venda de US$ 30 milhões. Por enquanto, a aeronave só faz parte das frotas da companhia russa estatal Aeroflot e da companhia armênia Armavia. Do ponto de vista comercial, o acidente na Indonésia é extremamente prejudicial para os russos pois o país é um grande comprador de aviões novos.
Para enfrentar a concorrência das rivais brasileira Embraer e canadense Bombardier no mercado mundial, a Sukhoi formou parcerias com fornecedores de renome, como os franceses Thales e Snecma e o grupo italiano Alenia.
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