Acesso ao principal conteúdo
Síria/Observadores

Chefe de missão da ONU chega na Síria e pede "chance para paz"

O general norueguês Robert Mood, chefe da missão de observadores da ONU encarregada de vigiar o cessar-fogo na Síria, chegou neste domingo a Damasco pedindo o fim da violência entre tropas do governo e opositores. Só hoje mais oito pessoas morreram em enfrentamentos, em diferentes regiões do país. Segundo a Anistia Internacional, mais 362 pessoas foram mortas desde a chegada do primeiro grupo de observadores, no dia 16 de abril.

O general norueguês Robert Mood, chefe da missão de observadores da ONU, chegou hoje, 29 de abril, em Damasco.
O general norueguês Robert Mood, chefe da missão de observadores da ONU, chegou hoje, 29 de abril, em Damasco. REUTERS/Khaled al-Hariri
Publicidade

O general Mood disse que os observadores não podem resolver sozinhos todos os problemas da Síria. "Todos devem parar com as agressões e dar uma chance à paz", afirmou o norueguês em sua chegada a Damasco. "Vamos trabalhar pela aplicação dos seis pontos do plano de Kofi Annan aceito pelo regime sírio, ou seja, o retorno das tropas às casernas, o fim dos combates, a libertação dos prisioneiros políticos, o livre direito às manifestações, a abertura de um diálogo entre oposição e poder, e dar acesso à assistência humanitária e à imprensa internacional ao país".

Pessimista com o que vê no terreno, o presidente da Cruz Vermelha Internacional, Jakob Kellenberger, disse neste domingo que o plano Annan está em perigo. Com a ajuda do Crescente Vermelho Sírio, a Cruz Vermelha Internacional conseguiu distribuir ajuda a 300 mil pessoas.

Trinta observadores da ONU estão no país desde meados de abril, mas nada conseguiram fazer para pôr fim à violência. De acordo com a Anistia Internacional, vários enfrentamentos e mortes aconteceram logo após a passagem dos observadores pelas zonas em conflito. Nas imagens de televisão, os boinas azuis foram vistos tendo de fugir às pressas de locais onde tropas oficiais e desertores trocavam tiros de artilharia pesada. Os militares da ONU circulam desarmados. Eles ficam principalmente em Deraa (sul), Idlib (noroeste), Hama e Homs (centro).

Até o final de maio, o general Mood quer aumentar de 30 para 100 o número de observadores presentes na Síria, e gradativamente atingir os 300 membros previstos na resolução 2043 aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU.

Programada para durar três meses, a missão das Nações Unidas parece fadada ao fracasso pela intransigência do presidente Basahr al-Assad em deixar o poder e a determinação da população síria em lutar pela liberdade. Em 13 meses de conflito, 11 mil pessoas perderam a vida por causa da repressão, a maioria civis.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.