ONU e Liga Árabe pedem envio urgente de novos observadores à Síria
O mediador internacional para a Síria, o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu o envio urgente dos 300 observadores internacionais prometidos para supervisionar vigiar o cumprimento do cessar-fogo na Síria. Atualmante, apenas 15 observadores atuam no país.
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Há nove dias, a equipe de 15 observadores das Nações Unidas circula pela Síria mas a presença do grupo não intimidou as forças do presidente Bashar al-Assad que continuam a desrespeitar o cessar-fogo. Nesta quarta-feira, 9 civis, incluindo uma criança de 10 anos, foram mortos, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
O Conselho Nacional Sírio, principal força da oposição, gostaria que uma parte dos observadores ficasse baseada nas áreas rebeldes mais visadas pela repressão do governo e uma outra parte pudesse se deslocar pelo país.
Bashar al-Assad, porém, tem criado dificuldades para a instalação da equipe de observadores. O presidente sírio rejeita enviados que sejam repesentantantes do grupo de “Amigos da Síria”. Ou seja, França, Reino Unido, Estados Unidos, Turquia e países árabes como a Arábia Saudita e o Catar.
“A comunidade internacional continua a pressionar por essa missão porque ela é o único denominador em comum entre todas as partes”, avaliou Salman Shaikh, diretor Centro Brookings em Doha. Mas diante de tantos obstáculos, outros analistas avaliam que a missão da ONU tem poucas chances de sucesso.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou no dia 21 de abril uma resolução que previa o envio de 300 observadores não-armados para a Síria para monitorar a aplicação do cessar-fogo que deveria ter entrado em vigor no dia 12 de abril.
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