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Rússia/Putin

Na TV, Putin ataca oposição e Estados Unidos de olho nas presidenciais

Durante uma longa intervenção na TV russa nesta quinta-feira, onde respondeu às perguntas de jornalistas, personalidades e da população, o primeiro-ministro russo Vladimir Putin insistiu na legitimidade das eleições legislativas no país, apesar do movimento de contestação sem precedentes que toma conta da Rússia.  

O primeiro-ministro russo Vladimir Putin, durante sua intervenção na TV, nesta quinta-feira em Moscou.
O primeiro-ministro russo Vladimir Putin, durante sua intervenção na TV, nesta quinta-feira em Moscou. Reuters/Alexei Nikolsky/
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A oposição acusa o governo de fraude nas legislativas do dia 4 de dezembro, que confirmou a vitória do partido Rússia Unida, do presidente Dmitri Medvedev. Se existia alguma dúvida em relação à determinação do primeiro-ministro russo de se candidatar às presidenciais de 2012, ela foi dissipada nesta quinta-feira. Durante uma tradicional intervenção na TV, que acontece há mais de dez anos, o premiê respondeu às perguntas de jornalistas, personalidades e da população, e garantiu que irá lutar contra a crise e as "ameaças de desestabilização externas", em alusão à onda de manifestações que assola o país.

Segundo o premiê, o resultado das eleições é um reflexo do equilíbrio de forças no país e do desejo da opinião públida. Se um dia ele não tiver mais o apoio do povo, garantiu, deixará o poder. Putin também criticou os Estados Unidos, assumindo uma postura antiamericanista, com o objetivo de conquistar o eleitorado.

De acordo com ele, as pessoas estão cansadas da imposição dos valores americanos no mundo. "Adoraríamos ser aliados dos Estados Unidos, mas o que constato hoje não é a existência de uma aliança. Tenho a impressão que os americanos não querem aliados, querem vassalos", declarou. "Os Estados Unidos desconfiam do nosso arsenal nuclear. É uma mentalidade da época da guerra fria, que também impede a Europa de trabalhar conosco como um verdadeiro aliado."

O premiê ainda acusou a oposição de pagar jovens para protestar nas ruas. Segundo ele, a luta contra o terrorismo é mais importante do que a contestação política. De olho nas urnas, o premiê ainda lembrou que a situação econômica do país é estável, e bem melhor do que a dos países europeus. As presidenciais na Rússia acontecem dentro de três meses. Se for reeleito, Putin poderá ficar no poder até 2024. Os mandatos, de seis anos, podem ser renovados.
 

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