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Líbia/Transição

Sarkozy e Cameron desembarcam em Trípoli para "visita da vitória"

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o premiê britânico, David Cameron, desembarcaram na manhã desta quinta-feira, na capital da Líbia, sob forte esquema de segurança. Eles são os primeiros líderes a se reunir com o novo governo em Trípoli após a fuga de Muammar Kadafi. A segunda parada será Benghazi, reduto da revolução.

Sarkozy e Cameron são os primeiros líderes a visitar a Líbia após queda de Muammar Kadafi
Sarkozy e Cameron são os primeiros líderes a visitar a Líbia após queda de Muammar Kadafi REUTERS/Benoit Tessier
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O ditador Muammar Kadafi ainda não foi capturado e três cidades líbias continuam sob seu comando: Bani Walid, Syrte e Sebha. Apesar da liberação da capital Trípoli, a situação no país ainda não está totalmente estabilizada, mas o Palácio do Eliseu preferiu não esperar mais para esta visita simbólica de dois dias. Ela consolida não só o apoio europeu na democratização da Líbia como reforça o interesse francês nos contratos referentes à reconstrução do país e ao petróleo.

O programa da delegação franco-britânica prevê uma passagem por um hospital de Trípoli antes de um encontro com as lideranças do Conselho Nacional de Transição, o presidente Mustafa Abdel Jalil e o primeiro-ministro Mahmoud Jibril.

Nicolas Sarkozy e David Cameron partem em seguida para Benghazi, a leste do país, o reduto da revolução contra Kadafi iniciada em fevereiro. Os dois deverão fazer um discurso na Praça da Liberdade, onde são esperadas cerca de 30 mil pessoas. Perto dali, um enorme cartaz com a foto de Sarkozy sorrindo prepara a calorosa recepção ao presidente com os dizeres: "Obrigado França".

Chefes de Estado são acompanhados por chanceleres

A visita à Líbia é realizada sob forte esquema de segurança, conta com o reforço de 160 policiais franceses. O presidente francês é acompanhado do seu ministro das Relações Internacionais, Alain Juppé, e do filósofo Bernard-Henri Lévy, um dos primeiros intelectuais a apoiar o CNT. O premiê britânico também levou seu chanceler, William Hague, à tiracolo. A França e a Grã-Bretanha lideraram as operações da Otan, iniciadas em 31 de março, que permitiram a tomada do quartel general de Kadafi na capital em agosto.

Os jornais franceses não deixam de comentar uma estratégia política de Sarkozy: não por acaso, ele decidiu viajar para a Líbia justamente no mesmo dia do grande debate televisivo desta noite na França entre os pré-candidatos socialistas às eleições presidenciais do ano que vem.

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