Síria adia encontro com representante da Liga Árabe
A Síria justificou a decisão “por circunstâncias independentes da vontade do governo." O adiamento da reunião foi comunicado durante um telefonema entre o chanceler sírio, Walid Mouallem, e o secretário-geral da Liga Árabe, Nabib al-Arabi.
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Além de convencer o presidente Bashar Al Assad a colocar um fim na repressão às manifestações no país, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, também discutirá a organização de novas eleições presidenciais em 2014. A França criticou o cancelamento da reunião, considerado como "uma nova prova da falta de abertura do regime sírio, que recusa o diálogo", segundo o comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores. De acordo com o porta-voz adjunto do Ministério, Romain Nadal, a União Europeia avalia a adoção de novas sanções contra o governo sírio. Uma das possibilidades seria o bloqueio de investimentos no setor petrolífero.
Até agora, as tentativas feitas pelo Conselho de Segurança da ONU de sancionar Bashar Al-Assad foram barradas pela China e a Rússia, membros permanentes com poder de veto, que historicamente são contra intervenções estrangeiras em conflitos internos. Em Moscou, o chanceler francês, Alain Juppé, acusou o regime sírio de ser culpado de “crimes contra a humanidade."
Nesta quarta-feira, as forças de segurança sírias lançaram uma operação em Homs, na região central do país, onde pelo menos nove pessoas morreram e 20 ficaram feridas, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. As tropas do regime também entraram em Deera, cidade onde teve início o movimento de contestação em março.
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