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Flotilha/Faixa de Gaza

Turquia expulsa embaixador israelense em represália a relatório da ONU

O governo turco decidiu hoje expulsar o embaixador israelense em Ankara e suspender todos os acordos militares com o Estado hebreu, conforme anunciou o ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, em represália a um relatório da ONU considerado indulgente com Israel.

O ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, anuncia em Ankara a expulsão do embaixador israelense.
O ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, anuncia em Ankara a expulsão do embaixador israelense. REUTERS/Stringer
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As medidas de retaliação turcas são uma reação ao relatório da ONU divulgado ontem, pelo jornal The New York Times, afirmando que Israel respeitou as regras do direito internacional na operação que culminou com a morte de nove militantes turcos pró-palestinos da flotilha humanitária para a Faixa de Gaza, em maio de 2010.

Este é o mais grave conflito diplomático entre os dois países desde a criação do Estado de Israel em 1948. O presidente turco, Abdullah Gül, qualificou o relatório de "nulo". O ministro turco das Relações Exteriores esclareceu que as relações diplomáticas entre os dois países serão rebaixadas. Todos os diplomatas turcos com cargo superior ao de segundo-secretário na carreira diplomática vão deixar o território israelense rapidamente.

Uma fonte do governo de Israel declarou que o país vai aceitar com "reservas pontuais" o relatório da ONU, mas não vai se desculpar, como exigia a Turquia, pelas mortes. Para Israel, o documento demonstra que o bloqueio marítimo estava em conformidade com o direito internacional, mas haveria reservas sobre a menção, no texto, de "uso de força excessiva e irracional" na abordagem do navio turco.

Segundo o relatório elaborado pelo ex-primeiro-ministro da Nova Zelândia Geoffrey Palmer, "o bloqueio marítimo israelense foi imposto como uma medida de segurança legítima, a fim de impedir a entrada de armas na Faixa de Gaza pelo mar". Nesse contexto, a ONU considera que Israel respeitou as exigências do direito internacional. 

O documento da ONU recomenda a Israel manifestar seu pesar pelas mortes dos civis e também pagar indenizações às famílias dos mortos e feridos no ataque. O relatório será entregue nesta sexta-feira ao secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon.

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