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Israel/Faixa de Gaza

Militantes pró-palestinos desafiam Israel com "flotilha aérea"

As forças de segurança israelenses estão em alerta máximo no Aeroporto Internacional Ben Gurion, nos arredores de Tel Aviv, onde se preparam para receber centenas de ativistas pró-palestinos que, segundo a polícia local, pretendem protestar em Israel em um evento apelidado de "flotilha aérea". O navio francês Dignité-Al Karama, que havia conseguido escapar da vigilância das autoridades gregas e partir em direção à Gaza, foi bloqueado hoje na Ilha de Creta.

Autoridades israelenses reforçaram a segurança no aeroporto internacional de Tel Aviv.
Autoridades israelenses reforçaram a segurança no aeroporto internacional de Tel Aviv. Reuters
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Nathalia Watkins, correspondente em Tel Aviv

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que as forças de segurança do país vão barrar ativistas europeus e americanos que chegarem ao aeroporto de Tel Aviv. Cinco ativistas foram deportados nos últimos dois dias aos seus países de origem, França e Bélgica.

Os organizadores da "flotilha aérea", batizada de  Bem-vindos à Palestina, esperam que entre 700 e 1.200 ativistas cheguem a Israel nesta sexta-feira. Os ativistas vão chegar em voos comerciais para passar uma semana na Cisjordânia, onde devem participar de atos de solidariedade à criação de um Estado Palestino. 

A imprensa israelense descreve o estado das autoridades israelenses como "histérico" frente à iniciativa. Dezenas de policiais estão de prontidão no aeroporto. As autoridades aeroportuárias também afirmaram que pretendem instruir aviões que chegarem da Europa a aterrissar em um terminal separado e que todos os passageiros serão interrogados e revistados.

Mas, apesar das intensas preparações, os organizadores da viagem coletiva à Cisjordânia negam que seu objetivo seja provocar Israel ou realizar manifestações no aeroporto israelense. A viagem ocorre na mesma semana em que os organizadores de uma flotilha marítima para Gaza, que partiria da Grécia com cerca de dez barcos e 500 ativistas, admitiram o fracasso da iniciativa, que tinha o objetivo de furar o bloqueio israelense e atracar no porto do território palestino.

Apenas duas das embarcações conseguiram deixar portos gregos e podem estar a caminho da Faixa de Gaza. A lancha francesa Dignité-Al Karama, que também integra a flotilha mas não transporta ajuda humanitária, foi bloqueada hoje por autoridades gregas na Ilha de Creta.

A Marinha israelense permanece em alerta para bloquear as demais embarcações que tentarem se aproximar do território palestino.

Relator da ONU critica relatório de Ban Ki-Moon pró-Israel

O relator da ONU para alimentação, Olivier de Schutter, quebrou hoje um tabu no funcionamento das Nações Unidas. Schutter condenou publicamente a atitude do secretário-geral Ban Ki-Moon, que se prepara para divulgar um relatório em que reconhece a legalidade da intervenção de Israel contra a flotilha para a Faixa de Gaza, em maio do ano passado. Durante a operação, soldados israelenses mataram nove militantes que estavam numa embarcação turca, abrindo uma das mais graves crises diplomáticas já registradas entre Israel e a Turquia. 

Um comunicado do escritório de Schutter informa que ele recebeu uma cópia do documento de Ban Ki-Moon e condena energicamente seu conteúdo. Segundo Olivier de Schutter, o bloqueio israelense à Faixa ed Gaza e a intervenção israelense violam as leis internacionais e o direito do homem à alimentação.

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