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Bactéria/ Espanha

Imprensa reconhece exageros na cobertura sobre epidemia

A bactéria mortal que deixa a Europa à beira de um ataque de nervos é o principal destaque dos jornais franceses nesta sexta-feira, 3 de junho. Le Figaro afirma que o número de vítimas da infecção pela forma rara da bactéria Echerichia coli aumenta diariamente no norte da Alemanha, sem que as autoridades sanitárias locais consigam identificar a origem da contaminação. Com a mesma manchete "A bactéria que preocupa a Europa", o diário católico La Croix volta a dizer que os legumes espanhois foram inocentados. 

Uma comerciante vende pepinos en un mercado de Viena.
Uma comerciante vende pepinos en un mercado de Viena. Reuters
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De forma geral, a imprensa francesa faz um "mea culpa" por ter propagado precipitadamente as acusações feitas pelo governo alemão aos pepinos produzidos na Espanha, acusados no início da epidemia de serem os vetores da doença. As análises laboratoriais provaram que não, mas o dano financeiro e de imagem para os agricultores espanhois já estava feito, provocando perdas financeiras de mais de 200 milhões por semana.

O pior é que, sem saber a origem da doença, os europeus pararam simplesmente de consumir legumes. Em Portugal, França, Itália e Holanda, todos os agricultores estão revoltados com o tratamento do caso pelas autoridades e as acusações injustificadas que podem fazê-los perder toda a receita da safra.

Le Figaro afirma que o caso é "mais um triste exemplo do egoísmo europeu", em que os estados do bloco em vez de unirem forças para lutar contra um mal, preferem jogar a culpa no vizinho.
 

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